segunda-feira, 14 de abril de 2014

trabalho 'quase' escravo na educação


Países desenvolvidos como Bélgica, Japão e Suíça, por exemplo, tratam a educação básica como prioridade. Nesses lugares, professor para criança precisa ter alta qualificação, no mínimo mestrado. Os governos compreendem que esse é o período mais importante do desenvolvimento do ser humano, como explica a Pedagogia.
Há pesquisas que indicam que, até os sete anos de idade, o ser humano vive as principais mudanças cerebrais. Isso significa que é nesse período que se formam as principais características do seu comportamento.
No Brasil, o Governo Federal tem se preocupado com essas questões e implantado mecanismos de fiscalização, como a Provinha Brasil. Também tem realizado importantes investimentos na estrutura das escolas e confirmado o desenvolvimento dos estudantes a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Sem falar no Bolsa Família e em outros programas sociais.
No entanto, isso ainda não tem sido suficiente para garantir o futuro adequado de nossas crianças. O motivo é simples: a falta de interesse dos gestores municipais.
A educação em tempo integral é uma saída há muito tempo utilizada nesses países citados acima e Mossoró tem sido referência nessa questão. Pena que alguns municípios vizinhos não podem dizer o mesmo. Informações dão conta que tem prefeito mantendo escola básica da zona rural com estagiários e, o que é pior, pagando salário de R$ 300,00.
Dois problemas, a meu ver, graves que deveriam ser corrigidos com urgência.
Já está mais que provado que sem educação não há futuro, e um município que não trata esse tema com responsabilidade, não apenas está emperrando o seu desenvolvimento, como promovendo a desconstrução do Brasil. Uma criança sem educação é um problema nacional, independente de qual município ele seja.
É justamente devido à ausência desse cuidado que hoje se gasta milhões em bolsa isso, bolsa aquilo, promovendo grandes discordâncias políticas e sociais. Há municípios em que a população começa a se revoltar com essa situação e vem denunciando os casos através das redes sociais. Essa é uma medida importante que precisa ser repetida em todas as regiões onde sejam observadas incongruências dessa natureza.
Não há problema em ter um estagiário ensinando, desde que ele tenha qualificação e trate com respeito seus alunos, mas pagar a ele R$ 300,00 de salário é pedir que não se interesse. Sem falar que é uma afronta às leis trabalhistas e um desrespeito ao ser humano.
Claro que quem aceita estar numa condição dessas, certamente não tem opção, e isso dimensiona em muito a falta de compromisso do gestor com a educação, bem como com o povo, que acreditou em seu governo. Um verdadeiro fracasso.    (Comentário: José de Paiva Rebouças)
JORNAL DE FATO – CESAR SANTOS

É isso que realmente interessa aos gestores sem compromisso com a educação.

Meter o pau no Piso Salarial e sorrateiramente contratar (explorar!) força de trabalho barata (ou análogas à escravidão?), sem vínculos com a gestão, sem direitos básicos assegurados.


Verdadeiras sanguessugas do suor (contratados) e do futuro (alunos) alheios...

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