sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O RN EM 2015


Apenas para situar os que chegaram recentemente de Marte, o “novo governador” potiguar tem origem na chamada “Arena vermelha” (que deu sustentação ao Regime Militar), pertenceu ao PFL, PMDB, PMN e esteve ao lado de José Agripino, Wilma de Faria, Garibaldi Alves e Henrique Alves, também esteve contra as figuras em diversas circunstâncias. Pode-se afirmar que é “farinha do mesmo saco”, sem que isso implique em quaisquer juízos de valor.

Por uma “conspiração” do destino, no segundo turno da eleição de 2014, os potiguares tiveram que escolher: Robinson Faria ou Henrique Alves.

O ano da “(Des)Graça” de 2015 começou com a posse do “novo governador”, Robinson Faria. É Verdade que Robinson herdou um governo em avançado estágio de deterioração, mas pelos laços que manteve com os diversos governos que produziram o caos não é completamente “inocente”. Suas digitais podem ser encontradas, quer participando dos governos, quer não se esforçando para apontar os equívocos.

Pois bem.

Desde o início, o “novo governador” se utilizou dos recursos existentes no Fundo Financeiro do IPERN. Limou a bagatela de R$ 700 milhões que serviria para pagamentos de aposentados e pensionistas. O gracejo foi possível pela aprovação de uma Lei no final de 2014. Toda Lei é “legal” até que o Judiciário declare sua ilegalidade. E o fastio institucional no RN é um caso à parte.

Sigamos.

Ao final de 2015, tem-se que a “maior” realização do governo foi não atrasar o pagamento dos servidores. O governo se orgulha de tal feito em virtude da escassez de ações e projetos.

A única coisa que conseguiu tirar do papel (plano de governo) foi a implantação de um programa de policiamento ostensivo realizado em alguns bairros de Natal.

Enquanto isso...

O sistema penitenciário estadual entrou em colapso, especialistas dão conta que o governo não controla a situação e, ao que parece, nem sabe como mudar o quadro. A violência é uma epidemia e as drogas estão à disposição até na zona rural dos menores municípios.

A saúde pública tem um reconhecido gestor, mas padece do mesmíssimo mal: os recursos não são suficientes para bancar a rede existente. O renomado gestor também não conseguiu blindar a rede das indicações políticas e os apadrinhados políticos colocam os interesses dos “chefes”, inclusive em detrimento das estratégias governamentais.

A educação não é prioridade para o atual governo. Robinson faz questão de repetir que quer ser o “governador da segurança”. Imaginem? Melhor não.

O PARLAMENTO

Terminou 2014 e iniciou 2015 dando um cheque em branco ao governo para usar e abusar dos recursos administrados pelo IPERN.

Criou ‘frentes’ que nada apresentaram. Debateu sem que surgisse uma mísera ideia auspiciosa para quaisquer dos graves problemas existentes.

Os dirigentes não foram capazes de excluir um defunto da folha de pagamento. Foi preciso a viúva avisar, após alguns anos, que o servidor tinha partido.

Ninguém tinha a menor ideia (você acredita?) do que a “Dama” fazia, conforme apontado pelo MP, na Procuradoria da Casa. 

Demonstração explícita de negligência, omissão, falta de zelo com o erário...

Em tal cenário nada mais adequado do que conceder o “prêmio” de parlamenta do ano ao presidente da Casa.

Como explicar? Escárnio? Não. O presidente é o dono da caneta. A caneta tem muita tinta.

Aliás, a eleição do presidente merece algumas linhas.

O deputado Galeno Torquato, cristão novo, caminhava serelepe para se tornar presidente da Casa. O “novato” iria sentar na ‘janelinha” já em seu primeiro ano e para evitar tal ascensão meteórica a presidência caiu no colo de Ezequiel, o sortudo.

Ezequiel, o sortudo, foi governador interino enquanto o titular peregrinava em terras europeias.

Faço uma síntese do governo de Ezequiel, "o interino": fez reunião para marcar reunião, muitas selfies, 'inaugurou' diversas promessas, prometeu inaugurações, falou muito sem dizer patavina que se aproveite, viajou para o beija-mão presidencial e levou sol na moleira... Ufa!

Em uma palavra: lamentável!

Permitam-me: Parlamentável!

Mas, Ezequiel, o sortudo, tornou-se forte candidato ao senado. 

A mediocridade abençoada por uma "força estranha" que existe na cadeira de presidente da casa desponta como postulante  a qualquer cargo eletivo. 

E o Judiciário?

O TJRN terá até 2022, salvo melhor juízo, para se adequar a LRF. 

O MPRN também está acima do limite de despesa com pessoal previsto na LRF.

Foi noticiado que existe um prédio no meio do caminho do MP. Foi comprado, mas não serve para a instituição.

A mídia?

Tem-se a “mídia de situação” em que alguns militantes chegaram ao cúmulo de aconselharem politicamente o governador nos intervalos de um programa de rádio e tem a “mídia de oposição”.

A imprensa livre que informa a sociedade é cada vez mais rara, mas ainda existe.

Sindicatos e outros grupos da sociedade civil organizada?


Vale a mesma avaliação feita para a mídia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário