terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Romeu Tuma Junior no programa roda viva reafirmou, com todas as letras, que lula foi informante do dops

Romeu Tuma Junior revela no Roda Viva que está escrevendo o segundo volume de ‘Assassinato de Reputações’

Nesta segunda-feira, o advogado Romeu Tuma Junior, ex-secretário nacional de Justiça, reiterou as denúncias feitas no livro que escreveu em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, ampliou o repertório de denúncias, exibiu provas até então inéditas e informou que já está produzindo o segundo tomo de Assassinato de Reputações — Um Crime de Estado.
A bancada de entrevistadores foi formada por Ricardo Setti (colunista do site de VEJA), Mario Cesar Carvalho (repórter especial da Folha), Eugênio Bucci (colunista do Estadão e da revista Época), Cristine Prestes (repórter freelancer especializada em assuntos jurídicos) e Fernando Gallo (repórter do Estadão).

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Romeu Tuma Jr. no Roda Viva: era para a República vir abaixo se fosse um país sério!

Acabo de ver a entrevista com o ex-Secretário Nacional de Segurança do governo Lula, Romeu Tuma Jr., autor do best-seller Assassinato de Reputações. No livro, Tuminha, como gosta de ser chamado, faz várias acusações bombásticas, segundo ele uma peça de defesa após o PT iniciar sua máquina de triturar reputações contra sua pessoa.
A primeira pergunta, feita por Augusto Nunes, recebe uma resposta direta: não foi alvo de um único processo na Justiça até agora! 
Chama Lula de informante do DOPS; relata encontro com o ministro Gilberto Carvalho, em que este, chorando, teria confessado que realmente disse para familiares do ex-prefeito Celso Daniel que levava pessoalmente dinheiro de caixa dois para José Dirceu; afirma que o caso conhecido como “Rosegate”, envolvendo a “amiga íntima” de Lula, Rosemary Noronha, faria Hollywood parecer brincadeira; entre outras coisas. Mas ninguém o processou até agora.
Na entrevista, Tuminha praticamente clamou por isso. Disse que tem mais provas guardadas, que aceita fazer uma acareação com o ex-presidente Lula, que só não mostra tudo pois escreveu um livro, não um inquérito policial, que teria 4 mil páginas. E então? Alguém do PT vai processar Tuminha?
Em qualquer país sério, menos de 10% das denúncias de alguém que ocupou o cargo que Tuminha ocupou já faria a República balançar, e seria um escândalo de proporções gigantescas. Haveria muito mais investigação, os jornalistas sairiam em campo em massa, haveria pressão, perguntas incômodas.
O fato de não vermos nada disso demonstra o quanto vivemos em uma situação calamitosa. Para usar a expressão do próprio Tuminha, o Brasil já vive em um Estado Policial, com um aparelhamento da máquina e total instrumentalização da Polícia Federal para servir a um partido.
O relativo silêncio e a normalidade com a qual as denúncias de Tuminha foram recebidas é mesmo algo espantoso e assustador. Nas palavras de Tuminha:
A verdade nua e crua é que o governo – que se diz de esquerda, democrático, social, preocupado com os direitos humanos e que repudia a “ditadura” – tem sob seu comando uma polícia que grampeia as pessoas, seleciona trechos de conversas, pinça frases, descontextualiza diálogos, cria enredos e manda gente para a prisão por achismo e dedução.
Tuminha viu de dentro a podridão toda, foi alvo dela. Não vem ao caso, aqui, se sua própria reputação é totalmente ilibada ou não. Várias denúncias graves muitas vezes vêm de gente de dentro do esquema exposto. O relevante é o que está sendo dito, e por alguém que conheceu o funcionamento da coisa. Até quando o Brasil vai fingir que não ouviu nada? Que venha logo o segundo tomo, com novas denúncias e evidências, para ver se, desta vez, o país finalmente acorda…
Rodrigo Constantino

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