Apenas para situar os que
chegaram recentemente de Marte, o “novo governador” potiguar tem origem na
chamada “Arena vermelha” (que deu sustentação ao Regime Militar), pertenceu ao
PFL, PMDB, PMN e esteve ao lado de José Agripino, Wilma de Faria, Garibaldi
Alves e Henrique Alves, também esteve contra as figuras em diversas
circunstâncias. Pode-se afirmar que é “farinha do mesmo saco”, sem que isso
implique em quaisquer juízos de valor.
Por uma “conspiração” do
destino, no segundo turno da eleição de 2014, os potiguares tiveram que
escolher: Robinson Faria ou Henrique Alves.
O ano da “(Des)Graça” de
2015 começou com a posse do “novo governador”, Robinson Faria. É Verdade que Robinson
herdou um governo em avançado estágio de deterioração, mas pelos laços que
manteve com os diversos governos que produziram o caos não é completamente “inocente”.
Suas digitais podem ser encontradas, quer participando dos governos, quer não se
esforçando para apontar os equívocos.
Pois bem.
Desde o início, o “novo
governador” se utilizou dos recursos existentes no Fundo Financeiro do IPERN. Limou
a bagatela de R$ 700 milhões que serviria para pagamentos de aposentados e
pensionistas. O gracejo foi possível pela aprovação de uma Lei no final de
2014. Toda Lei é “legal” até que o Judiciário declare sua ilegalidade. E o
fastio institucional no RN é um caso à parte.
Sigamos.
Ao final de 2015, tem-se que
a “maior” realização do governo foi não atrasar o pagamento dos servidores. O governo
se orgulha de tal feito em virtude da escassez de ações e projetos.
A única coisa que conseguiu
tirar do papel (plano de governo) foi a implantação de um programa de
policiamento ostensivo realizado em alguns bairros de Natal.
Enquanto isso...
O sistema penitenciário estadual
entrou em colapso, especialistas dão conta que o governo não controla a
situação e, ao que parece, nem sabe como mudar o quadro. A violência é uma
epidemia e as drogas estão à disposição até na zona rural dos menores municípios.
A saúde pública tem um
reconhecido gestor, mas padece do mesmíssimo mal: os recursos não são suficientes
para bancar a rede existente. O renomado gestor também não conseguiu blindar a
rede das indicações políticas e os apadrinhados políticos colocam os interesses
dos “chefes”, inclusive em detrimento das estratégias governamentais.
A educação não é prioridade
para o atual governo. Robinson faz questão de repetir que quer ser o “governador
da segurança”. Imaginem? Melhor não.
O PARLAMENTO
Terminou 2014 e iniciou 2015
dando um cheque em branco ao governo para usar e abusar dos recursos
administrados pelo IPERN.
Criou ‘frentes’ que nada apresentaram. Debateu sem que surgisse uma mísera ideia auspiciosa para quaisquer dos graves problemas existentes.
Os dirigentes não foram
capazes de excluir um defunto da folha de pagamento. Foi preciso a viúva avisar,
após alguns anos, que o servidor tinha partido.
Ninguém tinha a menor ideia (você acredita?) do que a “Dama” fazia, conforme apontado pelo MP, na Procuradoria da Casa.
Demonstração explícita de negligência, omissão, falta de zelo com o erário...
Demonstração explícita de negligência, omissão, falta de zelo com o erário...
Em tal cenário nada mais
adequado do que conceder o “prêmio” de parlamenta do ano ao presidente da
Casa.
Como explicar? Escárnio? Não.
O presidente é o dono da caneta. A caneta tem muita tinta.
Aliás, a eleição do
presidente merece algumas linhas.
O deputado Galeno Torquato, cristão
novo, caminhava serelepe para se tornar presidente da Casa. O “novato” iria
sentar na ‘janelinha” já em seu primeiro ano e para evitar tal ascensão meteórica
a presidência caiu no colo de Ezequiel, o sortudo.
Ezequiel, o sortudo, foi
governador interino enquanto o titular peregrinava em terras europeias.
Faço uma
síntese do governo de Ezequiel, "o
interino": fez reunião para marcar reunião, muitas selfies,
'inaugurou' diversas promessas, prometeu inaugurações, falou muito sem dizer
patavina que se aproveite, viajou para o beija-mão presidencial e levou sol na
moleira... Ufa!
Em uma palavra: lamentável!
Permitam-me: Parlamentável!
Mas, Ezequiel, o sortudo, tornou-se forte candidato ao senado.
A mediocridade abençoada por uma "força estranha" que existe na cadeira de presidente da casa desponta como postulante a qualquer cargo eletivo.
E o Judiciário?
A mediocridade abençoada por uma "força estranha" que existe na cadeira de presidente da casa desponta como postulante a qualquer cargo eletivo.
E o Judiciário?
O TJRN terá até 2022, salvo
melhor juízo, para se adequar a LRF.
O MPRN também está acima do limite de
despesa com pessoal previsto na LRF.
Foi noticiado que existe um
prédio no meio do caminho do MP. Foi comprado, mas não serve para a
instituição.
A mídia?
Tem-se a “mídia de situação”
em que alguns militantes chegaram ao cúmulo de aconselharem politicamente o
governador nos intervalos de um programa de rádio e tem a “mídia de oposição”.
A imprensa livre que informa
a sociedade é cada vez mais rara, mas ainda existe.
Sindicatos e outros grupos
da sociedade civil organizada?
Vale a mesma avaliação feita
para a mídia.
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