A questão da segurança pública ganha mais relevo a medida que os índices de criminalidade se tornam mais agudos e a sociedade passa a conviver com uma permanente sensação de insegurança.
Não há como tergiversar: o sistema de segurança pública do RN está a beira da falência. Acaso fosse um paciente internado já poderíamos chamar um capelão para oferecer a extrema unção.
Não é fácil apontar a causa mais importante. Acorre um somatório de equívocos, muitos cometidos a muito e ao longo do tempo: desmotivação (baixos salários), falta de equipamentos (veículos, armas, coletes, etc.), precariedade do sistema prisional, corrupção, contingente insuficiente, falta de capacitação e treinamento, pouca atenção ao setor de inteligência...
Enfim, a polícia está sem meios para realizar a segurança preventiva, sem capacidade de dissuasão, sem condições de realizar investigações e quando consegue prender alguém: o sistema prisional é uma vergonha.
Entretanto, não é legítimo debitar todas as mazelas do sistema de segurança no governo atual, mas também não resolve ficar procurando os verdadeiros pais do problema.
O que a população espera é que o governo de plantão tenha capacidade para enfrentar o problema... E já seria um bom começo reconhecer a urgência e a gravidade da situação.
Decidiu-se a retirada e depois voltou-se atrás sobre a participação da polícia militar nas delegacias do interior; greve da polícia civil e agora greve “branca” da PM; noticiou-se a presença do PCC no sistema prisional potiguar; sabe-se que a polícia civil tem 34 peritos para atender todo o RN; o crack tomou conta do estado (pode-se comprá-lo até em comunidades rurais), assassinatos em profusão e sem solução; fugas de presos; enfim...
Decorridos dez meses do atual governo a sensação é que quase nada foi feito...
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