terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cortes do governo para garantir meta de superávit primário


Randolfe critica cortes do governo para garantir meta de superávit primário Esta matéria contém recursos multimídia
[senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)]

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) criticou na segunda-feira (27) a política econômica baseada em superávit primário - economia feita pelo governo para pagar juros da dívida. Segundo o senador, 45% dos recursos arrecadados pelo governo federal em 2011 foram usados para pagar credores, o que equivaleria a R$ 708 bilhões.

- Você que está nos assistindo, de cada R$ 10 que você paga de imposto, quase 50%, 4,5 reais, vão para os credores da dívida interna e da dívida externa; vão para os banqueiros internacionais e para os credores da dívida brasileira - afirmou o senador, dirigindo-se à população.

Randolfe Rodrigues criticou os cortes no orçamento de 2012 anunciados recentemente pelo governo federal e comparou os R$ 55 bilhões que serão economizados ao valor investido em 2011 em áreas como saúde e educação. Segundo o senador, o valor total dos cortes equivale a dez vezes o investimento em atenção básica à saúde, 33 vezes o que se gastou com educação profissional e 161 vezes o que se investiu em saneamento básico no ano passado.

Para o senador, o que o governo faz é cortar R$ 55 bilhões que poderiam ser investidos no país para transferi-los para o mercado. Randolfe Rodrigues disse considerar que o país não precisa fazer tantas concessões e tem condições de ser "menos frouxo".

- Está havendo uma clara inversão de para quem se destina a política econômica. Ao invés de se destinar aos 99%, está se destinando a esse 1% da população.

O senador encerrou o pronunciamento com críticas à taxa básica de juros e à falta de investimentos em infraestrutura, que, na sua opinião, impedem o país de "caminhar para a frente".

Da Redação / Agência Senado

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