Morte de professor completa seis meses e investigação continua
Marcelino Neto/Blog O Câmera
Carlos Magno foi morto com um tiro e teve o corpo carbonizado
A morte do professor universitário Carlos Magno Viana
Fonseca, ocorrida em novembro de 2011, continua sem resultado. O docente
foi assassinado de forma extremamente violenta e teve o corpo
carbonizado, há seis meses. O caso é investigado pelo delegado Inácio
Rodrigues de Lima, que responde por várias delegacias de uma mesma
região. Ele chegou a mencionar a possibilidade de haver um delegado
especial para o caso, mas a ideia não foi atendida pela Delegacia Geral
de Polícia Civil (DEGEPOL), que o deixou no caso.
O crime completou seis meses na terça-feira passada, 22, sem que os
envolvidos tenham sido indiciados no inquérito policial, que continua
nas mãos da Polícia Civil. A investigação deveria durar 30 dias, podendo
ser prorrogada em casos especiais. Inácio Rodrigues foi procurado ontem
pela reportagem para comentar a investigação, mas não foi localizado. O
delegado não estava na delegacia regional de Pau dos Ferros e não
atendeu as ligações feitas para seu telefone celular.
No último contato mantido com a reportagem, há cerca de um mês, Inácio
mostrou-se otimista com o andamento das investigações, mas não deu
nenhum tipo de prazo. Disse apenas que o caso seria resolvido e que o
resultado final seria apresentado aos jornalistas.
Na época do crime, o presidente da Associação dos Docentes da
Universidade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (ADUERN),
Flaubert Torquato, disse que iria acompanhar as investigações e chegou a
encaminhar documento à Secretaria de Estado da Segurança Pública e da
Defesa Social (SESED), cobrando celeridade no inquérito.
A Aduern defendia, inclusive, que o caso fosse investigado por um delegado designado em caráter especial.
Essa medida é tomada geralmente pela Degepol quando ocorrem crimes de
maior gravidade ou repercussão social, como foi a morte do professor.
A Degepol, no entanto, não atendeu aos pedidos da Aduern e manteve o
inquérito com o delegado Inácio, que é responsável pela delegacia
regional de Pau dos Ferros e pela Polícia Civil em inúmeras outras
cidades da região do Alto Oeste.
Morto e queimado
O professor Carlos Magno Viana Fonseca foi encontrado morto no dia 21 de
novembro de 2011, na cidade de Doutor Severiano, distante 174km de
Mossoró e 20km de Pau dos Ferros, onde ocorre a investigação.
O laudo de exame cadavérico feito pelo Instituto Técnico-Científico de
Polícia (ITEP) de Mossoró mostrou que Carlos Magno foi assassinado com
um tiro na cabeça e depois teve o corpo carbonizado. Ele foi encontrado
morto numa estrada que liga Doutor Severiano e Pau dos Ferros. O corpo
da vítima estava na mala do seu automóvel. Carlos Magno era professor do
curso de Letras do campus de Pau dos Ferros da Uern e estava concluindo
Doutorado em Linguística na Universidade Federal do Ceará (UFC).
A vítima havia saído de Pau dos Ferros, na noite do dia 20 de novembro
de 2011, em direção a Doutor Severiano, onde residia a sua namorada. A
suspeita levantada na época é que ele tenha sido interceptado durante o
trajeto e assassinado. O motivo do crime ainda é um mistério para amigos
e familiares do professor e é o que mais intriga no caso pela forma
violenta como ele foi assassinado.
Jornal deFato
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