Para Nei Bezerra:
Lançamento do livro Tecnologias da Informação e Comunicação
ocorreu na quinta, 30, na sede do Ipea
Nesta quinta-feira, 30, a
Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e
Infraestrutura (Diset) do Ipea lançou o livro Tecnologias
da Informação e Comunicação: competição, políticas e tendências. O
diretor-adjunto da Diset, Lucas Ferraz Vasconcelos, destacou que o projeto
começou em 2010 e reúne vários pesquisadores em torno de um tema de importância
mundial. “As tecnologias da informação e comunicação formam uma cadeia ampla e
importante não só pela alta produtividade, mas pela capacidade de indução a
outros setores”, disse.
A publicação contém nove
capítulos, escritos por 13 autores, que fazem resgate histórico do setor,
quanto a equipamentos e conteúdo, e traçam também diagnósticos quanto às
políticas públicas para o setor. Coordenado por Luis Claudio Kubota, Rodrigo
Abdalla, Márcio Wohlers e Fernanda De Negri, o livro foi realizado por
pesquisadores do Ipea e também colaboradores externos.
Abdalla e Wohlers também participaram do lançamento.
“As empresas brasileiras ainda
são muito pequenas e concorrem com empresas internacionais muito grandes, que
têm faturamentos na ordem de bilhões de dólares. Atuam de forma muito
secundária, visto que em outros países há forte valorização da propriedade
intelectual. Além disso, o dinamismo e demanda dessas empresas estrangeiras são
muito fortes”, afirmou Kubota, que organizou a edição da publicação.
Políticas públicas
Segundo ele, as políticas públicas brasileiras favorecem muito a produção de
aparelhos e equipamentos, e o setor de software e serviços ainda tem grande
déficit quanto à regulação e instrumentalização estatal. “É preciso levar em
conta também que o ambiente acadêmico precisa entrar em maior sintonia com a
iniciativa privada, como meio de gerar capital humano e cooperação entre a
pesquisa e a aplicabilidade da criação de conteúdos e inovações para informação
e comunicação”, argumentou.
“O mercado é global, e as
políticas públicas devem levar essa característica em consideração. O Brasil é
claramente um mercado seguidor, e é injusto esperar que as empresas nacionais
estejam na fronteira dessa disputa econômica, quando o país está cerca de
quatro anos atrasado em relação aos países que mais produzem e inovam em
tecnologias para a informação e a comunicação”, concluiu Kubota.
Os artigos reunidos na obra
tratam de outros temas: apropriação de valores na cadeia da televisão por
assinatura; o perfil e a dinâmica do emprego na área de telecomunicações;
segurança cibernética; produção científica; e órgãos de padronização.
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