quarta-feira, 28 de novembro de 2012

o adjunto da agu já tinha sido investigado

blog do Josias


Indiciado pela Polícia Federal na investigação da máfia dos pareceres, José Weber Holanda Alves, o segundo da Advocacia Geral da União, não é um investigado noviço. O nome dele aparece em auditorias abertas pela Controladoria Geral da União desde 2006. É mencionado em relatórios que apontam irregularidades em convênios e contratos públicos.
Numa sindicância aberta contra José Weber, a Controladoria farejou uma incompatibilidade entre os bens do investigado e os salários recebidos por ele. O procedimento foi brecado graças a uma decisão judicial. A despeito de tudo isso, ministro Luiz Inácio Adams, chefe da Advocacia da União, animou-se a fazer de José Weber seu adjunto.
Diz-se que a Casa Civil da Presidência, a quem cabe filtrar as normações, foi contra. Mas Adams deu de ombros. Sobreveio a Operação Porto Seguro. E Dilma Rousseff viu-se na contingência de exonerar José Weber. Abriu-se contra ele um processo administrativo. Mais um. Agora, a atuação do seu ex-braço direito submete o próprio Adams a constrangimentos.
Paulo Rodrigues Vieira, apontado pela PF como “chefe” da quadrilha dos pareceres, tampouco era um personagem desconhecido. Entrara no serviço público como especialista em finanças. Atuava, veja você, em cargos cuja principal incumbência era a de fiscalizar os gastos públicos. Ingressou pela porta do Ministério da Educação.
Depois, foi ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Depois, “amadrinhado” por Rosemary Noronha, a Rose, caiu nas graças de Lula, que o indicou para a diretoria de Hidrologia da Agência Nacional de Águas. Abalroado pelo inquérito da PF, foi apeado da poltrona por Dilma.
Paulo Vieira parece ter farejado na gestão Lula uma avenida de oportunidades político-financeiras. Nos arquivos do TRE de São Paulo, ele é um feliz filiado do PT desde 2003, ano inaugural do primeiro mandato de Lula. Alistou-se na legenda no município paulista de Gavião Peixoto. Em 2004, disputou uma cadeira de vereador na cidade. Obteve escassos 55 votos. E não se elegeu.
Suprema ironia: embora seu estatuto mande expulsar os filiados condenados em última instância, o PT decidiu manter em seus quadros os condenados do mensalão. Ou seja, não faria sentido livrar-se de Paulo Vieira, por enquanto um mero investigado.

Nos jornais: grupo ajudou ex-senador a liberar projeto de R$ 2 bi


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