quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

da farsa... as férias...



Nada é tão ruim que não possa ficar pior. Ao marcar uma sessão para votar 3.060 vetos presidenciais em poucas horas, o Congresso piscou para o absurdo. Ao adiar a pantomima para fevereiro, sorriu amarelo para a plateia. Imaginou-se livre do fiasco. Engano. A pantomima deixou um pegajoso rastro de vexames. Eis um deles: os congressistas receberam as megacédulas de votação –463 páginas!!!— já preenchidas.
Repetindo: para não impor a Dilma Rousseff a derrubada indiscriminada de vetos, os boiadeiros do governo entregaram à boiada um amontoado de votos prontos. Conforme já noticiado aqui, tratou-se de uma simulação, uma espécie de tour-de-farsa urdido para eliminar o veto dos royalties petrolíferos sem impor efeitos colaterais ao Planalto.
Em discurso pronunciado no Senado, Cristovam Buarque (PDT-DF) declarou: “Pressionados pelas medidas provisórias e decisões judiciais, estávamos ficando irrelevantes. Agora, nós estamos ficando ridículos.” De fato, o Congresso brasileiro tornou-se uma Casa muito esquisita. Divide-se entre uma minoria que acha e uma maioria que ainda não sabe onde botou.
blog do Josias

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