quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

flamengo campeão... de penhoras


O Flamengo anunciou o pagamento de R$ 8 milhões pendentes em impostos ao Programa de Recuperação Fiscal (Refis) e à Timemania, dívidas provenientes de parcelamentos anteriores. Segundo a nova direção, a dívida não havia sido paga pela administração de Patrícia Amorim, que se despediu da presidência do clube no final de dezembro.
As penhoras assustam o Flamengo mais uma vez e causaram a retenção de, pelo menos, R$ 3,8 milhões da primeira parcela do dinheiro da Adidas, depositado no início do mês.  Até o momento, calcula-se que o total de penhoras já bateu a casa dos R$ 58 milhões.
Os débitos correspondem ao não pagamento de impostos de 2007-08-09, e também pendências de pagamentos relacionados ao ano de 2004, além de outras derrotas sofridas na Justiça. O problema gerou atraso no pagamento de salários. No fim de 2012, de um pedido de R$ 27 milhões de adiantamento, entraram no cofre R$ 17 milhões, sendo que o restante ficou retido pela Justiça.
“Nós temos que resgatar a imagem do Flamengo. Não podemos ficar estigmatizados como maus pagadores. O Flamengo tem que se fazer respeitar”, disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello, funcionário de carreira do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Vamos precisar de algum tempo, mas o Flamengo vai colocar as contas em dia. Começamos pelo nosso maior credor que é o Fisco. Eles já entenderam que o Flamego mudou”, garantiu o vice-presidente de finanças Rodrigo Tostes.
Pelo contrato firmado com a Adidas, logo após a assinatura, o Rubro-Negro receberia R$ 6,5 milhões, sendo que R$ 3,4 milhões destinados para pagar a rescisão com a Olympikus. Haveria também o pagamento de “taxa de início de parceria”, no valor de R$ 38 milhões (R$ 13 milhões até 30 dias após a assinatura do contrato – que ocorreu em 20 de janeiro – e R$ 25 milhões até 15 de fevereiro).
A nova gestão do Flamengo terá em mãos dentro de 90 dias o resultado da auditoria contratada para desvendar o caos financeiro do clube. A empresa Ernst & Young será a responsável por traçar um diagnóstico da real condição dos cofres rubro-negros. Mas uma coisa é conhecida: a penhora assusta.

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