Fazer prognósticos,
principalmente no início do ano, é tarefa corriqueira e quase sempre inócua,
mas vamos lá...
A primeira diretriz nos
encaminha para a observação do passado recente. Afinal, o prefeito em exercício,
foi até bem pouco tempo (por quase quatro anos) o gestor da pasta da saúde. Além
disso, a atual titular da pasta da saúde foi sua principal assessora.
Então, temos uma boa
probabilidade do trabalho futuro ser compatível com o que já foi executado
recentemente?
Podemos considerar plausível
a continuidade dos investimentos na construção de novas e/ou reformas das
Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de infraestrutura compatível com as exigências
da legislação e com expectativas dos trabalhadores em saúde e, principalmente,
do público.
É provável que o município
ganhe um Centro de Especialidades Odontológicas – CEO, afinal o gestor é odontólogo
por formação e sabe da relevância de tal serviço.
Ainda no campo dos
investimentos teremos o SAMU (o serviço foi inaugurado para cumprir os prazos
exigidos pelo MS, mesmo não estando ainda em totais condições de funcionamento.
As tratativas para implantação do SAMU se arrastam desde 2006 ou antes.)
funcionando com a unidade básica, provavelmente, no final deste mês e com a
unidade de suporte avançado até meados do próximo mês. Também avança a
construção da UPA e é provável que esteja em funcionamento no segundo semestre
deste ano.
É provável que o município
estruture serviço de referência para atendimento de pessoas com necessidades
especiais, assim como proceda a ampliação do Centro de Apoio Psicossocial –
CAPS.
Creio que o município continuará
pleiteando o Selo UNICEF e, consequentemente, continuará buscando atingir os
indicadores pactuados (redução de mortalidade infantil e materna, ampliação do
aleitamento, pré-natal, acesso aos exames, etc.).
Acredito que as indicações
para ocupação dos cargos comissionados de segundo e terceiro escalões (em toda
administração) serão técnicas. Também é bem provável a realização de um novo
concurso.
Acredito no estreitamento da
parceria governo-prefeitura, principalmente por causa da recuperação anunciada
da capacidade de investimento por parte do estado.
Por fim, acho provável que
continue e até seja intensificada a estratégia de atração de novos
investimentos privados em clínicas e laboratórios.
Eis o resumo: investimentos,
meritocracia, parcerias e visão estratégica para fomentar novos investimentos
privados.
Otimismo exagerado?
De forma alguma. Apenas um
prognóstico baseado na observação e nas circunstâncias atuais.
Os reparos que faço se
referem exatamente com os cuidados que se deve tomar com a oferta e ampliação
de determinados serviços. A cautela diz respeito aos custos elevados de
determinados serviços, pois embora o financiamento seja tripartite é muito
comum que o montante repassado pelas esferas federal e estadual fique bem aquém
dos reais custos do serviço e acabem por recair sobre o município.
Parodiando o título do livro
de José Serra, a política de saúde mais adequada é aquela que assegura a
ampliação do que é possível.
Aguardemos!!!
Em tempo: a SMSS lançará em breve uma chamada pública para contratação dos prestadores interessados e habilitados para fornecimento de exames, consultas especializadas e demais procedimentos. Excelente decisão.
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