quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PAU DOS FERROS: que tipo de politica de saúde teremos?


Fazer prognósticos, principalmente no início do ano, é tarefa corriqueira e quase sempre inócua, mas vamos lá...

A primeira diretriz nos encaminha para a observação do passado recente. Afinal, o prefeito em exercício, foi até bem pouco tempo (por quase quatro anos) o gestor da pasta da saúde. Além disso, a atual titular da pasta da saúde foi sua principal assessora.

Então, temos uma boa probabilidade do trabalho futuro ser compatível com o que já foi executado recentemente?

Podemos considerar plausível a continuidade dos investimentos na construção de novas e/ou reformas das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de infraestrutura compatível com as exigências da legislação e com expectativas dos trabalhadores em saúde e, principalmente, do público.

É provável que o município ganhe um Centro de Especialidades Odontológicas – CEO, afinal o gestor é odontólogo por formação e sabe da relevância de tal serviço.

Ainda no campo dos investimentos teremos o SAMU (o serviço foi inaugurado para cumprir os prazos exigidos pelo MS, mesmo não estando ainda em totais condições de funcionamento. As tratativas para implantação do SAMU se arrastam desde 2006 ou antes.) funcionando com a unidade básica, provavelmente, no final deste mês e com a unidade de suporte avançado até meados do próximo mês. Também avança a construção da UPA e é provável que esteja em funcionamento no segundo semestre deste ano.

É provável que o município estruture serviço de referência para atendimento de pessoas com necessidades especiais, assim como proceda a ampliação do Centro de Apoio Psicossocial – CAPS.

Creio que o município continuará pleiteando o Selo UNICEF e, consequentemente, continuará buscando atingir os indicadores pactuados (redução de mortalidade infantil e materna, ampliação do aleitamento, pré-natal, acesso aos exames, etc.).

Acredito que as indicações para ocupação dos cargos comissionados de segundo e terceiro escalões (em toda administração) serão técnicas. Também é bem provável a realização de um novo concurso.

Acredito no estreitamento da parceria governo-prefeitura, principalmente por causa da recuperação anunciada da capacidade de investimento por parte do estado.

Por fim, acho provável que continue e até seja intensificada a estratégia de atração de novos investimentos privados em clínicas e laboratórios.

Eis o resumo: investimentos, meritocracia, parcerias e visão estratégica para fomentar novos investimentos privados.
Otimismo exagerado?

De forma alguma. Apenas um prognóstico baseado na observação e nas circunstâncias atuais.

Os reparos que faço se referem exatamente com os cuidados que se deve tomar com a oferta e ampliação de determinados serviços. A cautela diz respeito aos custos elevados de determinados serviços, pois embora o financiamento seja tripartite é muito comum que o montante repassado pelas esferas federal e estadual fique bem aquém dos reais custos do serviço e acabem por recair sobre o município.

Parodiando o título do livro de José Serra, a política de saúde mais adequada é aquela que assegura a ampliação do que é possível.

Aguardemos!!!



Em tempo: a SMSS lançará em breve uma chamada pública para contratação dos prestadores interessados e habilitados para fornecimento de exames, consultas especializadas e demais procedimentos. Excelente decisão.

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