segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Brasil deveria dar mais atenção ao uso do gás natural


Apesar de possuir uma boa reserva de gás natural, com expectativas de ampliação com a extração do pré-sal, o uso desse combustível ainda não é amplamente aproveitado. “Temos um suplemento de gás natural no Brasil e poderíamos importar mais também, mas ainda não temos um marco regulatório adequado para o setor”, destaca Joisa Campanher Dutra, coordenadora do Centro de Regulação da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/EPGE), que defende o desenvolvimento do mercado de modo a promover a convivência do acionamento das térmicas e o uso do gás nas indústrias. 

“Ao contratar esse gás de um modo firme, as termelétricas fecham contratos. Quando elas não necessitam desse insumo, o mesmo gás poderia ser canalizado para a indústria, que teria condições de armazenar um determinado estoque”, exemplifica.

Outro empecilho apontado é o domínio da Petrobras, a qual, segundo críticos, não tem dado conta de cumprir o estabelecido na Lei do Gás. “Mesmo sendo alvo de diversos benefícios concedidos pelo governo para fortalecer a sua atuação, a Petrobras não tem dado a contra partida da entrega”, critica Cláudio Sales, presidente do Instituto acende Brasil ao lembrar que nos últimos leilões de energia, a estatal, apesar de haver interessados em construir novas térmicas, anunciou não ter o insumo. “A Petrobras, com raríssimas exceções, é a empresa monopolista na oferta de gás aqui no Brasil, monopólio esse que tem sido protegido pelos governos”, critica Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil. “Essa é uma discussão relevante e que merece atenção, pois esse pode ser nosso próximo problema”, conclui Joisa Campanher Dutra.

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