Ronaldo
fenômeno se enreda em um processo que envolve acusações de calote e
falsificação de assinatura
Desde
que abandonou o futebol, em 2011, Ronaldo Nazário de Lima, o Fenômeno,
conseguiu transpor o sucesso nos gramados para o mundo empresarial. Tornou-se
sócio de academias de ginástica, empreendimentos imobiliários e de uma
agência que negocia patrocínio para estrelas como o lutador Anderson Silva, o
artilheiro Neymar e o sertanejo Luan Santana.
O próprio Fenômeno figura no
rol das celebridades mais requisitadas e bem pagas do mercado publicitário.
Nos últimos meses, no entanto, o ex-craque se enredou em um processo judicial
que arranha sua bem consolidada reputação. O enrosco envolve acusações de
calote e até falsificação de assinatura.
Numa ação que corre desde 2010 na
Justiça do Rio de Janeiro — a cujos detalhes VEJA teve acesso —, a empresa
RDNL, de Ronaldo, é acusada de construir uma praça de alimentação em um
terreno alugado em Jacarepaguá, na Zona Oeste carioca, sem a anuência das
autoridades nem do dono da propriedade, o empresário Paulo Bustamante. Punido
pela obra clandestina, Bustamante agora exige do Fenômeno uma indenização que
pode chegar a 5 milhões de reais. Ronaldo ofereceu 2 milhões para liquidar a
pendenga. Nada feito.
Conforme
o tempo passa, a temperatura sobe. No fim de 2012, a prefeitura vetou
qualquer espécie de construção no terreno de 650 metros quadrados, que
tampouco pode voltar a ser alugado.
"Por causa da malandragem desse
senhor, de uma hora para outra meu patrimônio se depreciou", diz o
proprietário, que anexou ao processo três cheques sem fundos emitidos pela
RDNL ainda antes de a briga começar. Assim que alugou o terreno, em 2002,
Ronaldo demoliu o prédio de dois andares que havia ali e colocou no lugar a
sua praça de alimentação. Ao ser processado, parou de pagar o aluguel, mas
acabou sendo obrigado a fazê-lo por ordem judicial. No correr da disputa, o
ex-craque chegou a apresentar um documento em que pede autorização para pôr
abaixo o velho prédio.
Mas aí dois detalhes chamam atenção: 1) ele já havia
derrubado tudo quatro anos antes; e 2) o tal documento traz a assinatura do proprietário,
fazendo crer que ele tinha ciência do caso — mas é falsa.
Ronaldo
tentou adiar o problema evitando ser citado no processo. O oficial de Justiça
levou quatro meses para conseguir ficar frente a frente com o então craque do
Corinthians, no vestiário do Engenhão, depois de um jogo contra o Flamengo.
Não é a primeira vez que o pentacampeão dá canseira à Justiça.
Dono de uma
ilha paradisíaca em Angra dos Reis, ele deve à União 466 000 reais de
laudêmio, um tributo federal. Até agora, não pagou um centavo. E o
funcionário da vara de execuções sofre para entregar a notificação desde
agosto do ano passado. Procurado por VEJA, o Fenômeno preferiu ficar calado.
Outra 'saia justa' para o cara. Depois do episódio dos 'travecos' agora calote no pagamento de impostos devidos a União e acusação de falsificação de assinatura...
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