terça-feira, 24 de setembro de 2013

Deoclécio Marques reduz cirurgias

O Hospital Regional Deoclécio Marques Lucena, em Parnamirim, está sem oito médicos cirurgiões desde a última sexta-feira (20). De acordo com a diretoria geral da unidade, os profissionais já não cumpriam a carga horária completamente e com a implantação do ponto eletrônico, deixaram o hospital. No sábado (21), a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) publicou a convocação de 22 profissionais para o hospital, quatro dele cirurgiões. Outros dois serão transferidos do interior do Estado para complementar a escala. A diretoria da unidade estima que os profissionais comecem a trabalhar em até dois meses, prazo necessário para efetivar o processo de contratação.

O ponto eletrônico foi implantado em julho em caráter experimental e passou a valer em agosto. A saída dos profissionais está em processo desde o mês passado. De acordo com a diretora geral do hospital, Elizabeth Carrasco, cinco médicos teriam optado pela exoneração devido a incompatibilidade de horários com outras atividades. Entre os outros profissionais, uma está de licença-maternidade, outro está de licença médica prolongada e um terceiro foi transferido para a Sesap.

“Essas demissões ocorreram a partir do momento que a Sesap publicou uma portaria de parametrização, em que as escalas deveriam ser cumpridas de acordo com as normatizações. A partir daí, os profissionais que não se enquadraram no regime de cumprimento da carga horária devida. Eles trocavam plantões entre si para conciliar atividades em outros locais e através da parametrização essa troca não é mais possível. Quem não conseguia mais cumprir os seus horários optou pela exoneração”, explicou a Elizabeth Carrasco. 

Ainda segundo a diretora, além da convocação dos cirurgiões, está em fase de elaboração um contrato emergencial com a cooperativa médica para completar o quadro durante o período de contratação dos médicos convocados. Contudo, o contrato com a cooperativa também pode levar um trâmite de até 60 dias. A Sesap informou por meio de sua assessoria que ainda avalia se o contrato via cooperativa será concretizado.

Enquanto o problema não é resolvido, a demanda por cirurgias de emergência do hospital, cuja média é da ordem de 3 a 4 procedimentos diários, foi distribuída para os hospitais Walfredo Gurgel e Santa Catarina. A média mensal de cirurgias realizadas no hospital é de 100. No mesmo período, os atendimentos relacionados a procedimento cirúrgicos são cerca de 700, em média.

Com a saída desses profissionais, o Hospital Deoclécio Marques teve seu quadro de médicos reduzido de 26 para 18 médicos cirurgiões, a maioria de 40 horas. “Ficamos com 60 plantões de 12 horas descobertos”, informou Elizabeth Carrasco.

Uma ambulância foi disponibilizada para ficar de plantão em frente ao hospital para fazer o transporte dos pacientes que porventura procurem atendimento cirúrgico de urgência no local. Além disso, a Sesap contatou o Corpo de Bombeiros, o Serviço de Atendimento Móvel Urbano (Samu), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar para que não desloquem este tipo de demanda para a unidade, mas sim para o Santa Catarina e o Walfredo Gurgel.

TN

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