sábado, 28 de setembro de 2013

HWG tem 86% de seus atendimentos concentrados em cinco municípios da Região Metropolitana

Pacientes de Natal e Parnamirim foram os que mais recorreram ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade hospitalar do Rio Grande do Norte. Cada cidade responde por 26% do total de atendimentos. Os números são de um levantamento realizado pela coordenação do Pronto Socorro Clóvis Sarinho, no período de janeiro a dezembro de 2012, detectou qual o atual perfil do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) que procura o hospital.

Os dados apontaram as cidades que mais enviaram pacientes e qual a forma de deslocamento utilizada. Além de Natal e Parnamirim, entre as localidades que mais demandaram atendimentos para a unidade estão São Gonçalo do Amarante (19%), Ceará-Mirim (9%) e Extremox (6%). O estudo ainda aponta de que bairros os usuários do SUS estão vindo. Em primeiro lugar está Felipe Camarão (17%), seguido das Quintas (11%), Planalto (10%), Alecrim (9%) e Cidade da Esperança e Pajuçara, ambos com 7%.
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A falta de investimentos e a consequente baixa resolutividade de cada cidade do RN está aqui dentro do Walfredo Gurgel"
Danyele Mylena Dias,
coordenadora do Pronto Socorro Clóvis Sarinho
"O levantamento é uma mostra clara de onde estão as principais deficiências na saúde dos municípios. A falta de investimentos e a consequente baixa resolutividade de cada cidade do RN está aqui dentro do Walfredo Gurgel. É urgente a construção de novas unidades de pronto atendimentos municipais, além de investimentos na assistência básica”, avalia a coordenadora do Pronto Socorro Clóvis Sarinho, Danyele Mylena Dias.

Outro dado que chama a atenção é o quantitativo de pessoas que chegaram ao hospital sem nenhuma regulação. De acordo com o levantamento 59% de todos os atendimentos feitos em 2012 foram de pessoas que deram entrada no pronto socorro em veículos próprios. Apenas 21% dos atendimentos foram regulados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os outros 20% chegaram transportados por ambulâncias de diversos municípios.

O levantamento registrou o número total de atendimentos realizados nas especialidades de Clínica Médica (25.963), Clínica Cirúrgica (23.427), Ortopedia (19.205),  Pediatria (3.175), Oftalmologia (8.523), Otorrinolaringologia (4.961), Neurocirurgia (4.909), Cirurgia Vascular (785), Cirurgia Torácica (176), entre outros. Já as maiores médias de atendimento ficaram com a clínica médica (70 pacientes/dia), clínica cirúrgica (63/dia) e ortopedia (50).
G1-RN
Natal = 26%
Parnamirim = 26%
São Gonçalo do Amarante = 19%
Ceará-Mirim = 9%
Extremoz = 6%
Total = 86%
O HWG tem 86% de seus atendimentos concentrados em pacientes provenientes de cinco municípios da Região Metropolitana e os 14% restantes diluídos nos outros 136 municípios que encaminharam pacientes ao Hospital ao longo de 2012. 
Tais dados deveriam ser suficientes para que se reavalie a tese que a causa da sobrecarga do HWG seria a "ambulancioterapia" pela falta de resolutividade no interior.
Os dados evidenciam a "origem da sobrecarga" e não adianta brigar com os números.

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