terça-feira, 3 de dezembro de 2013

pib em queda

O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu 0,5% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao trimestre anterior. O PIB totalizou R$ 1,21 trilhão no período de julho a setembro, segundo dados divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB se manteve estável no primeiro trimestre deste ano e cresceu 1,8% no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2012, a economia brasileira teve crescimento de 2,2 %. O PIB cresceu 2,4 % no acumulado do ano e 2,3% no acumulado de 12 meses.

Agência Brasil

Do G1: 

Queda do PIB era prevista, mas baixo investimento preocupa economistas



variação pib terceiro trimestre 2013 (Foto: Editoria de Arte/G1)

recuo da economia brasileira no terceiro trimestre em relação ao anterior já era esperado por economistas e consultorias, mas a queda de 0,5% veio um pouco acima de algumas previsões. A forte baixa do investimento também é vista com bastante preocupação por especialistas ouvidos pelo G1, já que aponta para um futuro pouco promissor.


PIB do 3º tri distancia ainda mais o Brasil das seis maiores economias

Resultado das contas nacionais evidencia que a desaceleração econômica impacta mais a posição do Brasil no ranking das maiores economias do mundo do que a desvalorização do real
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre do ano coloca o Brasil – que é a sétima maior economia do mundo – ainda mais distante das seis primeiras colocadas. Em 2011, o país ultrapassou a Grã-Bretanha e se tornou a sexta maior potência econômica do mundo, atrás apenas de França, Alemanha, Japão, China e Estados Unidos. Durou pouco. Já no primeiro semestre de 2012, com o crescimento pífio vivenciado no período, o país europeu recuperou seu lugar no ranking e não dá sinais de que possa ser ultrapassado pelo Brasil no médio prazo. Na verdade, a economia brasileira pode até mesmo perder o sétimo lugar para a Rússia em 2014.
Como o ranking das maiores economias do mundo é calculado em dólar, a desvalorização cambial ocorrida em 2013 poderia ter papel importante na piora da posição do Brasil. Mas os números mostram outro cenário. Mesmo se a moeda tivesse permanecido no mesmo patamar do início do ano, a economia brasileira continuaria distante das seis maiores do mundo; ou seja, a desaceleração econômica impacta mais o PIB do que a valorização do dólar, pelo menos em termos comparativos.
O PIB nominal previsto para o país este ano, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), é de 4,78 trilhões de reais — ou 2,19 trilhões de dólares segundo a cotação de 2,18 reais usada pelo Fundo. Já o da Grã-Bretanha está em 2,49 trilhões de dólares. Mas, ainda que o real não tivesse se desvalorizado e permanecesse cotado a 2,05 reais, como no início de janeiro de 2013, o PIB brasileiro estimado para o ano seria de 2,33 trilhões de dólares — ainda menor que o da Grã-Bretanha. No caso do país europeu, se fosse mantida a cotação de janeiro para a moeda local (a libra), o PIB estimado para 2013 estaria em 2,62 trilhões de dólares. Assim, o avanço no ranking só seria possível se o Brasil crescesse no patamar de 4%.
Reflexos do dólar alto – Rankings à parte, a alta da moeda americana foi explicada pelo governo brasileiro como algo positivo para o PIB, meses atrás. O real se desvalorizou cerca de 14% em 2013 em relação ao dólar. O tombo maior veio no segundo semestre, quando houve a comunicação desastrada do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre o fim dos estímulos monetários financiados pela autoridade para tentar reavivar a economia dos Estados Unidos. À época, não só o ministro Guido Mantega, como também o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, se manifestaram de maneira favorável à valorização do dólar, afirmando que tal situação iria beneficiar a indústria e, consequentemente, o PIB brasileiro em 2013.
Tal benefício, se existe, ainda é oculto. O PIB da indústria ficou praticamente estagnado no terceiro trimestre, com crescimento de 0,1%. O setor agrícola, que também conta, indiretamente, com alto componente industrial, recuou 3,5% no período. A produção industrial no ano mostra crescimento de apenas 1,6% — ritmo abaixo da alta do PIB no período. As exportações tampouco estão se beneficiando da cotação valorizada da moeda americana, tão celebrada pelo governo brasileiro. O saldo da balança comercial até novembro deste ano está em 89 milhões de dólares, o pior desde 2000.
Fonte: Veja

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