terça-feira, 24 de junho de 2014

artigo: Ha evidências de desindustrialização no Brasil?

O suposto problema da desindustrialização recorrentemente vem à baila nos debates acadêmicos e políticos no Brasil, ainda que sob a roupagem de diferentes concepções. Na segunda metade dos anos 1990, argumentava-se que o processo de liberalização comercial teria provocado uma forte reprimarização da pauta de exportações brasileira. Recentemente, a eventual desindustrialização no País seria manifestada por uma nova forma de " doença holandesa" (Dutch disease). Para Palma (2005), em vez de um processo desencadeado pela descoberta de recursos naturais (como no caso clássico que afetou a Holanda nos anos 1970) ou mesmo pelo desenvolvimento e boom exportador do setor de serviços, a nova " doença holandesa" que atingiu o Brasil e outros países da América Latina teria sido conseqüência da drástica mudança do velho regime de substituição de importações por outro que, a partir da década de 1990, combinou liberalização comercial e financeira com profundas mudanças institucionais. Nessa versão, as novas políticas econômicas teriam acarretado não apenas perda relativa e precoce de participação da indústria no PIB, como principalmente o retorno a um padrão de especialização internacional baseado em produtos intensivos em recursos naturais.

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