Os gargalos existentes para fomentar o setor ainda são muitos, mas continuam sendo discutidos e enfrentados pela cadeia produtiva. Os estados da Bahia e Ceará continuam liderando os negócios com floricultura no Nordeste, seguido de Pernambuco.
Parceria perfeita na floricultura.
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AGÊNCIA PRODETEC
O setor de floricultura do Nordeste movimentou mais de R$ 600 milhões em 2013, pouco mais de 10% do total de R$ 5,2 bilhões registrado em escala nacional. De acordo com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), os dados se referem ao faturamento de atacadistas e varejistas de flores.
Em relação a 2012, o crescimento foi da ordem de 13%, prevendo-se para este ano um desempenho menor, em volta de 8% apenas, em consequência de vários fatores, inclusive a Copa do Mundo, quando as vendas caem bastante.
O estado da Bahia liderou o faturamento do setor no Nordeste, ano passado, totalizando R$ 216,5 milhões, sexto maior do país, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Rio Grande do Sul e Paraná. Em seguida, aparecem Ceará, com R$ 145,3 milhões, e Pernambuco, com 113,8 milhões.
Os demais estados nordestinos apresentaram participação menos expressiva, a saber: Maranhão (R$ 28,7 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 26,8 milhões), Piauí (R$ 24,1 milhões), Alagoas (R$ 24 milhões), Paraíba (R$ 19,6 milhões) e Sergipe (R$ 12,4 milhões).
NORDESTE FLORICULTURA. FATURAMENTO*, PRODUTORES E ÁREA.
REGIÃO/ESTADO
|
VALOR FATURAMENTO
|
Nº PRODUTORES
|
ÁREA (HA)
|
SUDESTE
|
2.993.419,00
|
3.979
|
8.171
|
São Paulo
|
1.828.287,00
|
2.266
|
6.720
|
Rio de Janeiro
|
575.949,00
|
1.020
|
840
|
Minas Gerais
|
513.386,00
|
570
|
405
|
Espírito Santo
|
75.797,00
|
123
|
206
|
SUL
|
893.400,00
|
2.176
|
2.241
|
Rio G. do Sul
|
398.373,00
|
1.534
|
912
|
Paraná
|
294.195,00
|
249
|
349
|
Sta.Catarina
|
200.832,00
|
393
|
980
|
NORDESTE
|
611.464,00
|
1.113
|
1.772
|
Bahia
|
216.569,00
|
202
|
326
|
Ceará
|
145.308,00
|
189
|
312
|
Pernambuco
|
113.855,00
|
233
|
188
|
Maranhão
|
28.724,00
|
64
|
123
|
Rio G. do Norte
|
26.792,00
|
127
|
270
|
Piauí
|
24.166,00
|
64
|
158
|
Alagoas
|
24.032,00
|
117
|
135
|
Paraíba
|
19.602,00
|
75
|
181
|
Sergipe
|
12.416,00
|
42
|
79
|
Demais regiões
|
510.740,00
|
749
|
1.586
|
BRASIL
|
5.009.023,00
|
8.017
|
13.770
|
Fonte: IBRAFLOR. Elaboração Agência Prodetec. (*) Em R$ mil.
Produtores e gastos per capita
Conforme o Ibraflor, em 2013, o Nordeste contava com 1,1 mil produtores envolvidos com a floricultura distribuídos numa área de 1,7 mil hectares, pouco mais de um décimo da área registrada no país como um todo (13.770 hectares).
A atividade tem muito espaço para crescer no Nordeste, haja vista o nível do consumo per capita com o produto hoje observado nos estados da região.
Comparativamente à média nacional dos estados produtores (R$ 24,12) ou àquela apurada no Distrito Federal (R$ 43,72), o gasto da maioria dos nordestinos com flores está muito aquém do padrão de Brasília ou de São Paulo (R$ 43,63). Somente a Bahia supera a média nacional, com gastos per capita da ordem de R$ 31,46. Mesmo baixo, ainda assim um patamar quase dez vezes superior ao apurado para Sergipe e quatro vezes a média regional de R$ 11,00.
NORDESTE FLORICULTURA. CONSUMO (*) PER CAPITA NOS ESTADOS.
NORDESTE
|
11,00
|
Rio Grande do Norte
|
7,49
|
Bahia
|
31,46
|
Piauí
|
6,75
|
Ceará
|
16,88
|
Alagoas
|
6,72
|
Pernambuco
|
12,75
|
Paraíba
|
5,48
|
Maranhão
|
8,03
|
Sergipe
|
3,47
|
Fonte: Ibraflor. Elaboração Agência Prodetec. (*) Em R$ 1,00.
Empregos gerados
Pelos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Floricultura, a atividade concentra–se nos segmentos de pequeno e médio porte, gerando 27,8 mil postos de trabalho no Nordeste e cerca de 210 mil em âmbito nacional nas áreas da produção, atacado, varejo e apoio.
Na região, o maior contingente de ocupações na floricultura ocorre nos estados da Bahia, com 8,4 mil empregos, Ceará (6,1 mil) e Pernambuco (6 mil).
Nos estados nordestinos funcionavam cerca de três mil dos 22 mil pontos de venda de varejo existentes no país em 2013.
Gargalos a enfrentar
O retrato nacional do setor feito pelo Ibraflor, em 2013, mostra que o total de produtores evoluiu pouco, considerando que em 2006 o IBGE detectou 7.561 propriedades na atividade.
Por outro lado, a média de pessoas ocupada por estabelecimento elevou-se um pouco, de 7,4 para 7,7, mais do dobro da média registrada na agropecuária brasileira como um todo. De fato, de acordo com o Censo Agrícola de 2006 existem 3,2 pessoas ocupadas por estabelecimento no Brasil.
Esse dado demonstra quão significativa é a floricultura em termos de geração de emprego e renda, sobretudo nas pequenas propriedades que tão bem caracteriza o setor, com um tamanho médio de 2,5 hectares.
Todavia, o segmento continua a enfrentar muitos gargalos. O especialista Renato Opitz aponta alguns dos principais: Baixo uso de técnicas de pós-colheita; falta de padronização para alguns produtos, principalmente na área de paisagismo; baixo uso de técnicas de pós-colheita; falta de capacitação técnica/administrativa/informática dos integrantes da cadeia; transporte e acondicionamento ainda deficitários; falta de padronização para alguns produtos, principalmente na área de paisagismo; acesso do consumidor aos produtos e acesso oficial do produtor às novas espécies.
Outros aspectos prejudiciais ao desenvolvimento da floricultura nacional, segundo Opitz, dizem respeito à falta de continuidade nas ações de marketing, mão de obra especializada, o alto índice de informalidade e a uma legislação fitossanitária, comercial, tributária e produtiva que no seu entendimento "é ultrapassada, ineficiente, onerosa, de interpretação dúbia e com alto grau de risco".
Indicadores do Ibraflor em 2013
√ Cerca de 8 mil produtores
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√ Empregos diretos: 8 pessoas por ha.
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√Espécies produzidas: + de 350.
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√ Área cultivada: 13.770 ha
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√ Mão de obra contratada: 81,3%.
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√ Nº. de variedades: + de 3000.
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√ Tamanho médio da propriedade: 2,5 ha.
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Mão de obra familiar: 18,7%
|
√Centrais de atacado: + de 60.
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√Empresas atacadistas: 650.
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√Pontos de venda no varejo: 22.000
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√Feiras e exposições: + de 30
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√ Faturamento em 2011: R$ 4,3 bilhões
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√ Faturamento em 2012: R$ 4,8 bilhões
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√ Desde 2006 o setor registra altas de 8% a 15% em volume e de 15% a 17% em valor.
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