sexta-feira, 12 de setembro de 2014

a corrupção endêmica, por César Santos

Um país que não tem jeito
Veja, leitor-eleitor, se é possível acreditar no Brasil:
As empreiteiras que são investigadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) na operação Lava-Jato já doaram R$ 60,4 milhões aos três principais candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB/REDE) – e aos respectivos diretórios nacionais de seus partidos, ou seja, a dinheirama dos suspeitos também está bancando campanhas de candidatos a governador, senador, deputados federais e estaduais.
Do total de doação, a campanha da presidente Dilma e o PT espalmaram R$ 47,8 milhões (79%), enquanto a sobra ficou para tucanos e socialistas.
Na lista das empresas doadoras estão: UTC Engenharia, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Engevix e Galvão Engenharia. Todas estão envolvidas na denúncia de superfaturamento de obras contratadas pela Petrobras e de pagar propinas a políticos.
Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que está preso, essas empresas engordaram caixa de políticos do PT, PMDB, PP e PSB. Na lista dos beneficiários, figuras conhecidas do submundo da política, como Renan Calheiros e Roseane Sarney. Também alcançou o presidente da Câmara dos Deputados e candidato a governador do Rio Grande do Norte, Henrique Alves, entre outros.
Pois bem…
A doação para partidos e políticos está prevista em lei, até porque as campanhas eleitorais no País são financiadas pelo privado. A lei, em si, não está errada.
O que está errado é o relacionamento pernicioso das empresas financiadoras com os políticos eleitos. Elas bancam as campanhas e exigem de volta as obras públicas, que são superfaturadas para compensar o dinheiro investido na campanha eleitoral.
Por consequência, a conta sai cara no bolso do contribuinte brasileiro, que está pagando cada vez mais impostos e recebendo cada vez menos em serviços essenciais, como saúde, educação e segurança.
A matemática da corrupção é uma ciência exata, conforme mostram detalhes dos casos de corrupção: a empresa doa “x” e recebe o mesmo “x” em obras. Soma simples, como 2 + 2 = 4.
Observe que os partidos envolvidos no escândalo do propinoduto da Petrobras são os que dão sustentação ao Governo Federal.
As legendas de oposição, nesse caso, não têm vez, porque não servem para fazer lobby junto ao Planalto Central.
Portanto, é assim que funciona, para a desgraça do nosso Brasil e do nosso Povo. Pior é que o eleitor é obrigado a ir às urnas sem maiores opções.
Ou vota neles ou vota neles. Infelizmente.
Jornal de Fato

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