quinta-feira, 25 de setembro de 2014

RN: taxa de sobrevivência das empresas

A taxa de sobrevivência das empresas brasileiras em 2012 foi a maior em cinco anos, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou a Demografia das Empresas 2012. 

A taxa de sobrevivência (número de empresas ativas em anos anteriores e que seguiram operando sobre o total de empresas) foi de 81,3%, o maior resultado desde 2008. 

No Rio Grande do Norte, onde alcançou 78,4%, o índice representou queda sobre o registrado em 2011 (86,8% e foi o terceiro pior do Nordeste, à frente apenas dos atingidos por Alagoas (78,3%) e Maranhão (75,4%). O percentual potiguar ficou abaixo da média do Nordeste, que ficou em 79,0%.

“As altas taxas de entrada e saída (de empresas) do mercado favoreceram esse baixo indicador de sobrevivência das empresas, indicando, também, uma queda na dinâmica empresarial do RN”, diz o analista do IBGE no Rio Grande do Norte, Ivanilton Passos, em texto divulgado ontem pelo órgão. 

 Em 2012, começaram a operar 11.593 “unidades locais” de empresas no mercado potiguar e saíram  do mercado outras 9.802. 

O número de entradas no mercado (11.593 ou 21,6%) e  saídas (9.802 ou 18,3%), obteve um saldo positivo de 1.791 Unidades Locais. No que se refere ao pessoal ocupado  assalariado – número existente até 31 de dezembro de 2012 – havia um total de 383.533 pessoas, superior em relação ano anterior (2011)  em 5,9% ou 21.451 pessoas.

A atividade com mais empresas entrando no mercado, no período, foi a de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, com 5.514 unidades locais. Por outro lado, essa mesma atividade também foi, em números absolutos, a que obteve a maior saída de unidades locais das empresas do RN  (5.235) no ano.

Brasil
No Brasil, a taxa de entrada de empresas no mercado foi a menor desde 2008. Técnicos apontaram a desaceleração da economia naquele ano como fator de desincentivo à abertura de empresas. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de toda a renda gerada no País, cresceu apenas 1% em 2012.

“O número menor de entradas e o menor crescimento geral do cadastro são indicativos dessa desaceleração. Não só aí, mas também no pessoal ocupado assalariado, que teve expansão reduzida”, observou Bruno Erbisti Garcia, gerente do Cadastro Central de Empresas (Cempre), que serve de base de dados para a pesquisa.

O ano de 2012 registrou a entrada de 860 mil empresas - uma taxa de 18,7%, a menor em cinco anos. “A sobrevivência ser alta é um fator de estabilidade, mas uma taxa de entrada menor é um fator de desaceleração”, explicou Garcia. Outras 799,4 mil empresas saíram do mercado em 2012, o que significou uma taxa de saída de 17,4%.

As companhias de menor porte, sem nenhum funcionário, são as mais voláteis e representam pelo menos dois terços das entradas e saídas no ano.


AE via TN

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