RESUMO
As políticas de desenvolvimento local constituem uma resposta necessária aos
principais desafios e imperativos colocados pelo ajuste estrutural real das economias
latinoamericanas, já que se orientam fundamentalmente para assegurar a introdução de
inovações tecnológicas e organizativas na base produtiva de cada território.
À medida que os processos de descentralização, atualmente em curso nos países sulamericanos,
são capazes de intensificar a transferência de competências, recursos e poder às
instâncias regionais será determinante induzir uma pressão capaz de impulsionar os governos
territoriais para assumir as novas funções do desenvolvimento produtivo e superar a
tradicional lógica assistencial que os orienta.
Na busca de um tipo de crescimento econômico com equidade, isto é, capaz de difundir
de forma mais justa os resultados do progresso técnico, é preciso complementar a ação das
políticas de ajuste macroeconômico com as políticas micro e mesoeconômicas apropriadas, o
qual exige construir uma nova institucionalidade para o desenvolvimento econômico local,
estabelecida estrategicamente com os diversos agentes territoriais.
Em outras palavras, as políticas realmente capazes de assegurar a introdução de
inovações tecnológicas nos territórios são parte de um processo de mudança social e
institucional que, em geral, ainda não foi devidamente tratado na América Latina, dado o perfil
marcadamente centralizado, setorial e agregado dos enfoques macroeconômicos
predominantes.
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