sexta-feira, 19 de junho de 2015

a moto, a bebida e a morte


Os acidentes de moto já são responsáveis por parte significativa das internações hospitalares.

As tragédias pessoais e familiares servem para alertar a sociedade. A morte tem ceifado a vida de muitos jovens. Tolera-se e se considera “normal” o jovem pilotar sem habilitação, sem capacete e sob o efeito de álcool. A impulsividade inerente aos jovens e a leniência dos responsáveis prenunciam um cenário que ainda piorará muito, antes de melhorar.

A vida só é devidamente valorizada quando nos deparamos com as tragédias. Cada vez mais pais e mães, subvertendo-se a ordem natural, têm que enterrar seus filhos e filhas.

É preciso dizer que as tragédias começam em casa. Não se pode negar responsabilidade a quem deve, prioritariamente, exercê-la. Aceitar o adolescente sair de casa numa moto, sem capacete, sem habilitação e para consumir bebida alcóolica, cada vez mais, termina em choro nos hospitais e velas nos cemitérios.

É preciso dizer também que cada um e todos que não agem para coibir tais condutas, são sim, corresponsáveis por todas as tragédias, pois é muito difícil enfrentar a impulsividade juvenil quando confrontado com o “questionamento” de que “todos podem fazer e por que não eu?”

Não é à toa que o medo bate a porta sempre que mais uma tragédia acontece. Poderia ser eu a prantear um ente querido? Faça essa pergunta e mude a atitude em caso de resposta positiva.

Não escrevo esse texto para servir de palmatória do mundo nem para ensinar lições a quem quer que seja, mas, modestamente, espero que cause incômodo em alguns e sirva de reflexão para outros.

Começar em casa é preciso!

Dados divulgados, recentemente, pelo Hospital Walfredo Gurgel demonstram o crescimento desse tipo de ocorrência. O recorde histórico de acidentes, os dados e as estatísticas não permitem se vislumbrar o sofrimento das vítimas que sobrevivem, quase sempre com sequelas, e das famílias que enterram seus entes queridos.

Os dados servem para alertar as autoridades. O Código de Trânsito é solenemente ignorado em praticamente todos os municípios do RN. 

O uso obrigatório do capacete, por exemplo, é, equivocadamente, relativizado e se aceita como medida auxiliar no enfrentamento de assaltos.

Duplo atestado de incompetência, pois a tolerância com o desrespeito a Lei jamais se converterá em medida eficaz de combate ao crime.

Pilotar ou dirigir sob o efeito de álcool é rotina. É comum.


A tolerância daqueles que têm obrigação de coibir as condutas impróprias se coaduna com a permissividade familiar e propiciam o ambiente para que se possa, infelizmente, reafirmar: a situação piorará muito, antes de melhorar.

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