terça-feira, 7 de julho de 2015

em defesa da Uern


A Igreja Católica levantou voz em defesa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Primeiro, com o padre educador Sátiro Cavalcanti Dantas, um dos ícones da luta pela estadualização da instituição; depois, com a palavra justa do padre Guimarães, religioso identificado com a educação e a cultura; e em seguida com o padre Charles, da nova safra da Diocese de Mossoró.
Na tradicional missa das 9h do domingo na Catedral de Santa Luzia, padre Charles, em sua homilia, abriu espaço para pedir o apoio dos fiéis para fortalecer a luta, a partir da consciência da importância da Uern. O religioso sugeriu que as pessoas utilizem as redes sociais para reforçar a campanha.
O apelo vem no momento em que a instituição precisa ser resguardada, tendo em vista ataques gratuitos lançados por aqueles que não conhecem a sua importância, numa queda de braço ocasional por conta da greve por melhores salários de professores e técnicos-administrativos.
Como forma de defender o governo, setores ligados ao Palácio procuram diminuir a instituição ao citá-la como um “peso” para as finanças do Estado, ignorando o seu papel de formar profissionais e participar diretamente do desenvolvimento sócio-econômico-cultural através do ensino, pesquisa e extensão.
É absurdo esse tipo de campanha, principalmente quando permitida pelo chanceler da instituição, no caso o governador do Estado, uma vez que ao longo de sua história a Uern ofereceu os melhores quadros da vida pública e privada do Rio Grande do Norte.
Seu custo é insignificante diante dos benefícios trazidos ao Estado.
Ademais, discutir a pauta salarial, que é o caso do momento, não pode subir ao topo da instituição, com uma campanha sórdida e totalmente desnecessária.
Correta a posição da Igreja, que cumpre papel pedagógico e de defesa do patrimônio educacional. O padre Sátiro, ao levantar a voz da Igreja em defesa da Uern, o faz de cátedra. Ele é um dos construtores da Universidade, desde os seus primeiros passos até a luta pela estadualização.
Padre Sátiro foi reitor pró-tempore com a missão de conciliar todas as forças políticas e a sociedade organizada para conduzir o processo de estadualização. Adversários históricos da política, como Maias, Rosados e Alves, sentaram à mesa com o padre-educador, num fato marcante para a educação potiguar.
Após a estadualização, Sátiro ampliou a luta pela estruturação e consolidação da Uern, na condição de presidente do Conselho Estadual de Educação.
Então, que a voz da Igreja, com Sátiro, Guimarães e Charles seja ecoada no seio da sociedade.

BLOG CESAR SANTOS

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