Assim como o dia 9 de janeiro de 1822 ficou conhecido como "Dia do Fico" porque nessa data o então príncipe regente do Brasil, D. Pedro, decidiu permanecer aqui, em vez de regressar a Portugal, essa terça-feira, dia 04 de agosto de 2015, comemorado o Dia do Padre, também ficará registrado na história da igreja no município do Assu como "Dia do Fico", uma vez que nesta data o padre Flávio Augusto Forte Melo, decidiu recusar o convite que lhe foi formulado no propósito de disputar a prefeitura do Assu, permanecendo assim na vida sacerdotal. (Alderi Dantas)
Segue o texto da decisão na íntegra:
Comunicado
Fui convidado, nos últimos meses, a colocar meu nome como pré-candidato a prefeito da cidade de Assu, no Rio Grande do Norte. Consciente da responsabilidade, pedi um tempo para que pudesse refletir e tomar uma decisão amadurecida, buscando ouvir a voz de Deus.
Quero, inicialmente, agradecer ao nosso bispo Dom Mariano Manzana pelo diálogo franco e sincero. Ao prefeito de Assu, Ivan Júnior, pelo convite e ao deputado George Soares por endossar essa possibilidade, assim como as demais lideranças políticas pelas diversas manifestações de apoio.
Agradeço a minha família, aos irmãos padres, ao Conselho Pastoral de Assu, paroquianos e a todos que me conhecem por terem me acompanhado com suas orações neste momento da minha vida.
Hoje, 04 de agosto, Festa de São João Maria Vianey, patrono dos padres, comunico a todos que não serei candidato a prefeito de Assu em 2016 e renovo, com muita alegria, meu compromisso de continuar servindo a todos no pleno exercício do ministério presbiteral a mim confiado no dia 23 de julho de 1994.
Flávio Augusto Forte Melo
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Não conheço o Padre Flávio, mas as referências são boas. Dizem que é muito querido pelos paroquianos e tem um trabalho respeitável a frente da Paroquia.
O Padre é tão querido que conseguiu reunir o apoio do prefeito e da oposição, prenunciando que teria uma eleição relativamente tranquila, mas não decidiu no clima do oba-oba e após um período de reflexão resolveu continuar à frente da Paroquia.
Creio que o Padre tomou a decisão mais acertada, inclusive a melhor decisão para os assuenses. Explico. A situação fiscal das prefeituras não é das melhores e as expectativas e cobranças sobre o Padre seriam significativas e, muito provavelmente, a gestão não corresponderia as expectativas.
Padre Flávio seria "mais um" prefeito a administrar a "massa falida" e teria pouquíssima margem de manobra. Assim, a decisão do religioso em permanecer no ministério presbiteral garante à comunidade a continuidade do trabalho exitoso do religioso.
Assu continuará com uma liderança religiosa comprometida e carismática, ou seja, continua, ao menos, com "um pássaro na mão".
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