Para se fazer uma reflexão mais rigorosa sobre a questão da desindustrialização
é necessário preliminarmente advertir sobre três questões fundamentais:
i) o significado
e a composição do setor indústria, tal qual figura nos sistemas de contas
nacionais;
ii) lembrar os conceitos de processo de desenvolvimento e de subdesenvolvimento
econômico; e
iii) o sentido da industrialização em tais processos.
O setor indústria é uma agregação de quatro segmentos: a mineração;
a construção civil; o produtor de serviços de utilidade pública (gás, energia,
água); e indústria manufatureira ou de transformação.
É este último segmento
que envolve maior complexidade tecnológica, que possibilita e promove a disseminação
do maior conteúdo de progresso técnico aos demais setores da economia
(agricultura, resto da indústria e serviços) e que, além disso, participa,
hoje, com peso em torno de 40% do valor adicionado do setor indústria.
Além
de ser o principal vetor das políticas de desenvolvimento, em especial das
industriais e de comércio exterior, é também o mais suscetível na concorrência
internacional, quando se defronta com adversidades cruciais como as de dumping,
financiamento de longo prazo, acesso a C&T, câmbio valorizado e outros.
Dessa forma, pouco ou nenhum sentido tem usar o total do setor indústria,
para indagar sobre eventuais problemas de desindustrialização, sendo o correto
usar unicamente o segmento de transformação.
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