O vídeo é bastante eloquente. O prefeito não falou pressionado por ninguém, não foi em segredo ou num convescote de botequim. Disse o que disse na condição de prefeito e na presença de inúmeras testemunhas.
Nenhum "desvirtuamento" ou versão pode ser mais grave do que a fala do prefeito.
Considerar que existe a possibilidade de "engavetamento" de um processo transitado em julgado, sem o cumprimento do que foi decidido, por um pedido ou qualquer outro artifício que não o jurídico e formal, simplesmente, desmoralizaria a instituição. (AQUI)
Leiam a Nota publicada pelo TJRN:
PLENÁRIO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO NORTE
"Em sessão plenária nesta quarta-feira, 5 de agosto de 2015, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte decidiu emitir pronunciamento oficial acerca de declarações do Prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, divulgadas em redes sociais na última sexta-feira, nas quais cita o suposto “engavetamento” de processo a seu pedido, pelo Poder Judiciário, em reunião com sindicalistas. Foram votos divergentes à nota o Presidente Claudio Santos e o Corregedor Geral Saraiva Sobrinho.
NOTA
1) O Tribunal de Justiça repudia os termos utilizados pelo Prefeito e nega, com veemência, a prática mencionada pelo governante municipal na gravação divulgada. Tampouco, considera esclarecedora a nota emitida pela Prefeitura logo após o episódio;
2) A Corte informa que inexiste qualquer processo paralisado nos termos mencionados pelo governante municipal no âmbito do Judiciário Estadual, procedimento que não condiz com a missão deste Poder e dos seus membros;
3) O Tribunal de Justiça solicita ao Prefeito de Natal, que esclareça, de forma detalhada, suas declarações públicas em respeito à dignidade dos integrantes da Justiça do Rio Grande do Norte e à sociedade."
Trocando em miúdos
A Corte não engoliu a bravata, negou a versão existente no vídeo e cobrou explicações detalhadas sobre a questão.
Era isso ou aceitar ilações maldosas sobre a possibilidade de algum "poderoso" ter poder de mando sobre a Corte, entretanto, dois membros, inclusive o presidente, tiveram uma impressão diferente sobre o vídeo.
Tempos estranhos!
Atualizando:
Atualizando:
Nota de Esclarecimento do Prefeito Carlos Eduardo
Em consideração ao Judiciário do Rio Grande do Norte como Poder independente e autônomo, a quem renovo o reconhecimento e o respeito que devoto, esclareço o contexto em que foi gravado, editado e divulgado nas redes sociais vídeo com declarações minhas em reunião ocorrida na presidência da Câmara Municipal no começo do mês de maio com sindicalistas que reivindicam aumento salarial.
A divulgação do vídeo foi feita de forma descontextualizada. Na reunião, estava me referindo a um pleito legítimo em defesa do interesse público municipal no sentido de que as dívidas judicializadas de aproximadamente R$ 300 milhões existentes naquele momento não fossem imediatamente postas em execução sob pena de comprometimento total das finanças públicas municipais e inviabilizada a gestão que então se iniciava, tendo encontrado salários em atraso, obras de mobilidade nem sequer iniciadas, serviços básicos sem funcionar, entre outras situações que deixariam Natal em colapso administrativo e financeiro.
Reconheço que a expressão utilizada foi inapropriada, mas o sentido era de um pedido de compreensão em defesa do interesse público, para que a população de Natal não fosse prejudicada.
Reafirmo a relação de respeito mútuo que sempre mantive com os integrantes do Poder Judiciário e o espírito colaborativo e harmônico na relação com as instituições que o compõem.
De nossa parte, consideramos que a nota emitida sobre o lamentável episódio foi esclarecedora.
CARLOS EDUARDO
Prefeito de Natal
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Tempos estranhos! Realmente estranhos!
Pedido de compreensão? A quem se dirigiu tal pedido de compreensão?
Se o pedido foi aos sindicalistas para encerrar a greve, temos como possibilidade que o prefeito ilustrou a sua capacidade de convencimento com uma péssima referência.
Poderia ser entendido:
Encerrem a greve, sejam compreensivos... a situação é tão crítica que bastou pedir ao TJRN para conseguir o "engavetamento" de um processo transitado em julgado... imaginem se eu pedir para declarar a greve ilegal...
Se o pedido de compreensão foi dirigido para algum desembargador e com tal pedido tenha ocorrido o "engavetamento" de um processo... Deus nos acuda!
Nada de proveitoso sairá de tais exercícios elucubrativos.
Seja claro prefeito!
Falou com alguém do TJRN sobre a situação calamitosa das contas municipais?
Creio que "detalhar" é dizer se conversou com alguém do TJ sobre o assunto; o(s) nome(s) do(s) interlocutor(es); o teor da suposta conversa...
O prefeito parece que não entendeu ainda a situação.
A ficha não caiu?
O que aflige aqueles que nada têm com os problemas administrativos da cidade é que seus nomes foram lançados ao mundo como "engavetadores de processos"; que estaria ao alcance das mãos de alguns a possibilidade de paralisação do curso de um processo por um pedido... um simples pedido...
V. Excelência tem poucos caminhos:
Carlos desmente Carlos e aguenta o tranco;
Carlos informa com quem conversou e como convenceu alguém a "engavetar" um processo;
Carlos continua tergiversando e lança o TJRN "na chon".
Desenhando
A nota do TJRN exige que Vossa Excelência se desminta e informe que não conversou com ninguém sobre tal assunto e que não tem poder para tanto...
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