quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Buraquistão do Norte só não tem dinheiro para Educação (?)

Ninguém vai defender a Uern?
Na campanha eleitoral de 2014, os dois principais candidatos a governador assumiram compromisso com a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Robinson Faria (PSD) e Henrique Alves (PMDB) prometeram que, se eleitos, cumpririam o realinhamento salarial dos professores e técnicos-administrativos, acordados na gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini.
Ficou definido que o Governo do Estado pagaria o reajuste salarial de 53,57% em quatro anos, com parcelas iguais de 12,035%, sempre no mês de maio de cada ano, a partir de 2015.
Foi matéria em todos os jornais do Estado, repercutida pelo noticiário de rádio e televisão.
Pois bem.
Robinson ganhou as eleições, inclusive, com o apoio do PT, partido historicamente entranhado no movimento sindical dos professores, a partir da hegemonia na direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (SINTE-RN), de onde saíram os projetos político-eleitorais vitoriosos de Fátima Bezerra (senadora) e Fernando Mineiro (deputado estadual).
Esperava-se então que os direitos dos servidores da Uern seriam cumpridos como acordados e prometidos.
A esperança se fortaleceu ainda mais quando Robinson entregou a Secretaria de Educação ao PT, nomeando, inclusive, a professora Socorro Batista, dos quadros da Uern e ex-presidente da Aduern, para o cargo de secretária adjunta.
Porém, o crédito só durou até maio, prazo para incorporar aos salários a primeira parcela do reajuste.
O governador não cumpriu, alegando deficiência de caixa e limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, ignorando a palavra do reitor Pedro Fernandes, que afirmou que o reajuste caberia dentro do orçamento da Uern, sem macular as obrigações do governo com a LRF.
Para piorar, a equipe econômica do governo Robinson disse que não reconhecia acordo feito em 2014 porque não estava no papel, ignorando a palavra do governador, empenhada durante a campanha eleitoral.
Só restou a greve.
Hoje, a paralisação completa 120 dias, com o primeiro período letivo de 2015 perdido e o segundo comprometido. E nenhuma reação do governo que aponte para uma solução. O problema, grave, que se diga, vai passando de forma “natural”, sem reação dos legítimos representantes do povo.
Aliás, Mossoró perdeu quando decidiu votar em deputados de outras regiões em detrimento dos mandatos que defendiam a cidade. Até aqui, se ouviu apenas a voz do deputado areia-branquense Souza.
Nada mais, nada menos.
E a nossa classe política, resumida à Câmara Municipal, vai ficando cada vez mais silenciosa diante do barulho que assusta o povo.
CESAR SANTOS - JORNAL DE FATO
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