sexta-feira, 30 de outubro de 2015

afinal, o que quer o pmdb potiguar?

Por Dinarte Assunção

Henrique foi reconduzido à presidência (Alberto Leandro/PortalNoar)
Henrique foi reconduzido à presidência (Alberto Leandro/PortalNoar)

O PMDB realizou nesta sexta-feira (30) em Natal convenção cartorial que reconduziu o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ao comando da legenda. Pela primeira vez em anos estando plenamente na oposição a um governo estadual, o PMDB tem por desafio se reinventar.
“Pela primeira vez colocamos na executiva estadual membros da juventude do partido porque o PMDB precisa se renovar. Estamos atentos a isso e procuramos os quadros que tenham interesse em entrar na vida pública partidária desde cedo”, declarou o presidente da legenda.
Atualmente, o partido é o maior do Rio Grande do Norte. Com as cinco filiações que aconteceram nesta sexta-feira, detém, hoje, 57 prefeitos, o que representa um terço dos chefes de Executivo do Rio Grande do Norte. Por outro lado, pela primeira vez em muito tempo, o partido é plenamente oposição.
“Não estamos no comando do governo há muito tempo.”, corrigiu Henrique Alves, interrompido pelo repórter, que contestou, apesar da declaração, que o PMDB sempre foi aliado do governo do momento.
“Aliado é diferente de comandar. Estamos longe do comando há muito tempo, e, apesar disso, não deixamos de ser o maior partido do Rio Grande do Norte”, completou o presidente da legenda.
Desde a última eleição, o PMDB está unificado – até então operavam partidos paralelos: o partido de Henrique e o de Garibaldi. A maior liderança popular da legenda, ao comentar a convenção desta sexta-feira, não deixou de atentar também para a renovação dos quadros.
“É um dos maiores desafios que temos atualmente. Embora sejamos grandes, precisamos oxigenar a legenda. É uma discussão que todos os partidos fazem e o PMDB não pode ficar alheio a essa discussão”, comentou Garibaldi.
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O PMDB, do Norte ao Sul, sempre se apresenta como uma 'colcha de retalhos'. Tem uma 'aliança' com o PT nacional que reelegeu Dilma/Temer e se engalfinha com os petistas em diversos estados. Inclusive no RN.

Henrique se fragilizou no PMDB, foi rebaixado de general para coronel, e por isso tem uma posição 'delicada' no governo federal, com reflexos locais. Alguns escreveram que o ministro teria chorado diante da presidente para continuar no cargo. 'Frágil e meigo' no governo federal.

E por estas bandas? Henrique foi derrotado mais uma vez na disputa majoritária e junto com o PMDB foi colocado na oposição.

Mas todos sabem que o partido sempre teve alma governista e no plano estadual parece ser também um ajuntamento circunstancial de interesses individuais.

Vale recordar que até os caciques Henrique e Garibaldi já estiveram em palanques distintos. Esse tipo de situação faz parte da 'essência' do partido e se constituiu, a meu juízo, num elemento importante para a derrota eleitoral. Em tal condomínio de interesses individuais vale a máxima: "farinha pouca, meu pirão primeiro".

As 'raposas' do partido quando farejam o cheiro de queimado não têm dúvidas em lutarem apenas pela sobrevivência própria, inclusive, em detrimento do projeto maior do partido. Foi isso que contribuiu para a derrota de Henrique na última eleição.

O Bacurau-Mor conduz com mão-de-ferro quando está com a força, mas ao menor sinal de fragilização, tem-se a rebeldia de seus comandados.

Um exemplo:

O PMDB é oposição ao governo estadual e a bancada do partido na assembleia deu a ideia do trabalho hercúleo que Henrique terá pela frente para caracterização do grupo.

Na votação do 'pacotão de maldades' do governo, simplesmente, o partido não se apresentou. Gustavo viajou para a Espanha para assistir uma exposição de bananas, Ezequiel e Nelter votaram com o governo, aliás, Ezequiel já aderiu de peito e alma para o governo desde o início e, somente, Hermano votou contra o projeto de aumento de impostos.

O discurso de renovação de Henrique faz sentido por que se continuar dependendo das velhas 'raposas'...

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