quarta-feira, 25 de novembro de 2015

E os líderes do "partido do povo" sucumbiram as tentações do vil metal - conexão esteves-amaral: o bilionário e o "guerreiro do povo"...

André Esteves foi preso no Rio de Janeiro (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)André Esteves foi preso no Rio de Janeiro (Foto: Clayton de Souza/Estadão Conteúdo)
O banqueiro do BTG Pactual André Esteves, preso nesta quarta-feira (24), teve atuação no plano para obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que investiga um esquema criminoso de corrupção na Petrobras, de acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Esteve está na Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Além de Esteves, também foram presos nesta quarta-feira o senador Delcídio Amaral e o chefe de gabinete dele. Há ainda um mandado de prisão em aberto contra Édson Ribeiro, advogado de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras já condenado em ação penal oriunda da operação.

André Esteves iria participar financeiramente de uma eventual fuga de Cerveró. Segundo a PGR, o senador Delcídio Amaral prometeu pagar R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró para que o ex-diretor não fizesse delação premiada ou não revelasse suposta participação do senador no esquema de corrupção na estatal.

O dinheiro, ainda conforme a PGR, seria repassado aos familiares de Cerveró mediante um "acordo dissimulado" entre o advogado Édson Ribeiro e o banqueiro André Esteves.
As informações constam no pedido de prisão da PGR, lido em sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Por meio de nota, o banco BTG Pactual disse que está  à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e que vai colaborar com as investigações.

Motivo da prisão
Em diversos trechos, o relatório da PGR aponta supostas tentativas de Delcídio de "embaraçar as investigações".

Fala em "atuação concreta e intensa" do senador Delcídio Amaral e do banqueiro para evitar a delação premiada de Nestor Cerveró, "conduta obstrutiva" e "tentativa de interferência política em investigações judiciais".

O pedido de prisão da Procuradoria-Geral da República também informa que Esteves tinha em cópia da minuta do acordo de delação premiada oferecido por Nestor Cerveró ao Ministério Público Federal.

O relatório teve como base gravações realizadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró, de duas reuniões recentes – realizadas nos dias 4 e 19 de novembro – com a participação de Delcídio Amaral e André Esteves.

Um dos mais ricos do país
Esteves entrou no banco em 1989 e em 1993 se tornou sócio da instituição. Em 1995, assumiu a chefia da Área de Renda Fixa do banco. Após fundar a BTG no final de 2008, com a recompra do Pactual em 2009, Esteves formou o BTG Pactual.

De acordo com o banco BTG Pactual, André Esteves tem graduação em Ciências da Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, sendo membro do Conselho da BM&FBovespa e da Federação Brasileira de Bancos.
Em 2012, Esteves foi considerado o 13º brasileiro mais rico, segundo levantamento da Forbes. A fortuna do bilionário estava avaliada em US$ 3 bilhões. Em 2015, a fortuna de Esteves mostrou uma perda de US$ 700 milhões.

O valor de suas empresas caiu diante de empréstimos e investimentos em companhias afetadas pelo escândalo da Petrobras. Foi a maior queda entre banqueiros no Bloomberg Billionaires Index.
Senador do PT
A PF também prendeu o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado. De acordo com as informações, o petista foi preso por estar atrapalhando apurações da Operação Lava Jato. O chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira também foi preso.

Ele foi preso no hotel onde mora em Brasília, o mesmo em que estava hospedado o pecuarista e empresário José Carlos Bumlai estava hospedado quando foi preso na véspera, dentro da Operação Lava Jato. Bumlai foi preso na 21ª fase da operação, deflagrada nesta terça-feira (24).
A advogado Édson Ribeiro, que defendeu o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, também teve um mandado de prisão expedido pela Justiça. Até as 10h, a ordem judicial não tinha sido cumprida porque Ribeiro está nos Estados Unidos. A qualquer momento o nome dele pode inserido na lista de procurados da Interpol.
O senador Delcídio teria tentado dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação de Delcídio em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
A assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, recebeu uma ligação dele e embarcou de São Paulo para Brasília para acompanhar o caso da sua prisão.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki informou nesta quarta-feira  que a Procuradoria-Geral da República afirmou, em documento enviado à corte, que o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada.
G1

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