A crise econômica ainda não
apresentou sua face mais cruel. Está em curso, mas ainda não é tão perceptível,
em outros termos, a ficha ainda não caiu para muita gente.
Muitas pessoas que perderam
os empregos ainda estão recebendo o seguro desemprego, consumindo as poupanças
que acumularam na fase de bonança (parte dos saques recordes da Caderneta de
Poupança é explicada por isso), desfazendo-se de algum patrimônio, usando
perigosamente às margens de crédito obtidas na fase boa e/ou tem outro familiar
que ainda não perdeu o emprego.
A taxa de desemprego
continuará aumentando e alguns analistas consideram que chegará a 13% no começo
de 2017. É um cenário aterrador, mas plausível.
Preste atenção às
informações e dados:
- de 2006 a 2012 um total de
3,3 milhões de famílias superou a marca de R$ 2 mil por mês e passou a integrar
a nova classe média brasileira;
- a previsão da mesma
consultoria é que entre 2015 e 2017 um total de 3 milhões de famílias decaia da
classe C para as classes D e E;
- de 2000 a 2013, a renda
per capita cresceu 35% em termos reais e chegou a R$ 27.420,00 ao ano;
- em 2014, a renda per
capita diminuiu 1%. Previsões apontam para uma queda de 4% em 2015 e 2,5% em
2016. Caso o cenário se confirme, somente em 2022 é que a renda voltará ao padrão
de 2013, isso se entre 2017 e 2022 o PIB voltar a crescer numa média de 2%;
- em 2010, o PIB per capita
brasileiro era 2,5 vezes maior do que o chinês e em 2020 poderá ser 26% menor;
- em dólares, o PIB per
capita brasileiro foi de US$ 13,2 em 2011. Previsões indicam que será US$ 8,6
em 2015 e US$ 7,1 em 2016. Somente em 2031 retornará ao patamar de US$ 13,6;
- somente em 2015, cerca de
150 mil lojas já fecharam às portas. 691 concessionárias de veículos tiveram o mesmo destino;
- as venda do varejo já
caíram 3% e as vendas de automóveis com queda de 20% retornaram ao patamar de
2007;
- estimativas apontam queda
de 3,5% no PIB em 2015 e previsão de queda de 2% em 2016. Caso as quedas se
confirmem, tem-se que buscar algo parecido na economia brasileira somente na longínqua
década de 1930. O PIB brasileiro só caiu em dois anos seguidos em 1930 e 1931 e
isso por causa da queda da bolsa de Nova York em 1929;
- a inadimplência fechará
acima de 3% em 2015 e algo próximo a 4% em 2016;
- os juros do cheque especial
ultrapassaram os 300% e os do rotativo do cartão de crédito já passaram os 400%
ao ano;
- em 2014 a dívida das famílias
brasileiras aumentou 14%.
Os dados e informações
elencados acima foram retirados, quase todos, da matéria “O sonho da riqueza
está mais distante” da Revista Exame (Edição 1101, de 11/11/2015).
Nenhum comentário:
Postar um comentário