quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

eleições 2016: o freio no desbunde será o eleitor incrédulo


Não tenho a menor dúvida do que vou escrever a seguir sobre as eleições de 2016 em centenas de municípios do país, mas especialmente no RN:

1) candidato repassando dinheiro para amigos e parentes "doarem" para suas campanhas;

O desespero vai ser grande para encontrar pessoas dispostas a receberem dinheiro por fora para repassarem por dentro (como doação) para os candidatos. 

Aposto que serão pouquíssimos ocupantes de cargos comissionados que não serão instados ao ato de solidariedade.

2) crescimento exponencial de "trabalho voluntário" e tudo mais que possa ser lançado como doações para as campanhas;

Tudo que puder ser doado aparecerá na contabilidade das campanhas. Vai ser um festival de gente "desapegada" aparecendo como voluntários, doadores... Tudo devidamente remunerado pelo caixa 2.

3) a "deflação" (redução de preços) vai ser significativa. Tudo que for vendido para os candidatos será mais barato, em virtude do minguado caixa oficial;

A maior parte das despesas será custeada por recursos do caixa 2.

4) a farra dos agiotas será ainda maior;

O que vai ter de político entregando até a alma para os agiotas não vai ser brincadeira.

5) crescerá o uso da máquina pública;

A distribuição de benefícios institucionalizados e a utilização das estruturas administrativas em benefícios dos candidatos da situação tendem a crescer significativamente.

6) os candidatos prometerão até a salvação das almas e irão mentir como nunca.

O "promessômetro" já atinge a estratosfera, mas não haverá limite na campanha vindoura. Na falta de outros argumento$ é quase certo que os candidatos lancem mão de promessas e recompensas pós-eleição para convencimento dos eleitores. As promessas mais comuns, como sempre, serão de emprego e facilitação de contrato com o ente público.

As palavras "mentira" e "político" são cada vez mais usadas como sinônimos e a campanha que se avizinha será especialmente "produtiva" em mentiras, boatos, versões e por aí afora.

Candidatos e asseclas só não farão chover na luta pelo poder, mas encontrarão um ambiente inóspito, pois acredito que o número de eleitores desalentados aumentará bastante.

O maior freio ao desbunde que ocorrerá na eleição de 2016 será o significativo contingente de eleitores sem a menor paciência com a safadeza que reina na política.


Tremei candidatos!

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