sexta-feira, 18 de março de 2016

PORTALEGRE: PROFESSORES ESPERAM PROPOSTA DA PREFEITURA ATÉ SEGUNDA FEIRA (21-03)

O Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Portalegre continua aguardando um posicionamento oficial do gestor portalegrense sobre o reajuste salarial.

A categoria já acumula perdas superiores a 30% referentes à gestão do ex-prefeito Euclides Pereira. A situação piorou muito após a relutância do prefeito Neto da EMATER em conceder o reajuste de 11,36% estabelecido pelo MEC para 2016.

A perda total dos professores é de 41,56%, conforme o Núcleo do SINTE, além da falta de promoção horizontal, progressão vertical, falta de incorporação dos títulos, etc.

Observa-se que as perdas representam, para muitos professores, defasagens superiores a 50% dos vencimentos. Os professores portalegrenses estão sentindo na pele e nos bolsos a desvalorização de seus esforços.

Capacitam-se, mas não recebem. Têm Plano de Cargos, mas não é respeitado. O MEC concede os reajustes do Piso Salarial e... Nada.

Mesmo diante de tamanha desvalorização, alguns professores ainda preferem a resignação e aceitam as perdas em virtude de conveniências partidárias. Alinham-se aos interesses da administração, pois entendem que a “bandeira partidária” é mais importante do que a defesa dos direitos adquiridos. Existem também os que compensam parte das perdas com as funções gratificadas, cargos de chefia e administrativos. Faz parte.

Bem...

Os professores que recebem apenas os vencimentos pelo trabalho em sala de aula estão perdendo duplamente: não recebem o que têm direito e a inflação corrói o poder de compra. Os professores percebem a diminuição do bem estar de suas famílias, sentem-se desvalorizados, enfim, sofrem psicologicamente.

Tenho acompanhado a saga dos professores portalegrenses e é nítido que não desejam confrontar a administração. São pacientes e buscam a garantia dos direitos através de exaustiva negociação com a prefeitura.

A categoria já tinha deliberado sobre o indicativo de greve e o Núcleo do SINTE já tinha feito a comunicação oficial com a pauta de reivindicação e o prazo para deflagração da greve em 17/03 (ontem), mas, numa evidente demonstração de bom senso, ampliou o prazo para o posicionamento da gestão.

O prefeito solicitou que a categoria aguardasse até segunda feira (23) para, supostamente, realizar uma consulta a FEMURN sobre a concessão do reajuste.

O ‘posicionamento’ da FEMURN não alterará absolutamente nada. A decisão é do PREFEITO. Ademais, a repetição da ladainha da LRF não se sustenta em vista do que fez o governador Robinson Faria.

O governo estadual reafirma todos os dias que se encontra acima do limite legal, mas encaminhou o Projeto de reajuste para os professores à Assembleia Legislativa e os deputados aprovaram. A Lei já foi publicada.

Espero que o prefeito reveja a posição e conceda o reajuste (11,36%) e estabeleça um canal de negociação sobre os demais pontos da pauta reivindicatória.

É legal!

É justo!

Ademais, as crianças e jovens, bem como, as famílias dos alunos sentiram as perdas e percalços provenientes da última greve e vão cobrar a responsabilidade da administração.

Não vai adiantar trololó por que a argumentação dos professores é imbatível: basta dizer que não aguentam trabalhar perdendo a metade do salário que tem direito!

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