quarta-feira, 23 de março de 2016

RN BATE RECORDE DE DESEMPREGO

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontou queda de 7.581 vagas de emprego nos meses de janeiro e fevereiro deste ano no Rio Grande do Norte.
Somente no segundo mês do ano o número de empregos formais perdidos pelo estado chegou a 4.438. O número corresponde a uma redução de 1,01% em relação ao mês anterior. Quando comparado com o mesmo mês nos últimos dez anos, o resultado de 2016 só foi pior do que os registros de 2009, quando foram perdidos 5.389 empregos formais.
Os setores que mais contribuíram para o índice negativo foram os da indústria de transformação, com 1.578 postos fechados, e agropecuária, com outras 1.298 vagas. O único que não registrou queda no número de vagas foi administração pública.
Mossoró foi a cidade que teve a maior queda na oferta de empregos em fevereiro. O município teve 1.122 postos de trabalhos fechados. a cidade desligou 2.512 empregos e admitiu apenas 1.390.
Em seguida vem Natal, com 446 vagas a menos, Canguaretama, com 337, e São Gonçalo do Amarante, com menos 270 postos de trabalho.
JORNAL DE FATO
---------------------------------------------------------------------------------
É o segundo pior desempenho, desde 2004, para o primeiro bimestre do ano. O primeiro bimestre de 2016 só não foi pior do que o de 2009 (-8.366).

No primeiro bimestre de 2015 foram fechados 5.223 postos de emprego. Observa-se que o fechamento de vagas acelerou significativamente para o mesmo período de referência (primeiro bimestre), com um crescimento de quase 50%.

A destruição de empregos é generalizada, ocorre em praticamente todos os setores da economia, mas atingiu mais fortemente os empregos que exigem pouca qualificação, como: trabalhadores na cana de açúcar, fruticultura, serventes e vendedores do comércio varejista.

Vale destacar que o primeiro bimestre é, historicamente, de fechamento de vagas, em virtude da sazonalidade da produção agrícola e do fechamento dos postos de temporários no comércio, mas, sem sombra de dúvida, a intensidade no fechamento das vagas superou as expectativas mais pessimistas.

A fragilidade estrutural da economia potiguar é conhecida por todos e esse aspecto fica patente no tipo de emprego gerado (setores que exigem baixa qualificação profissional) e agora os poucos avanços conquistados estão sendo moídos pela crise.

Rumo ao abismo? A derrocada só não é maior por causa da própria fragilidade estrutural da economia. Explico. A economia é muito dependente do setor público e a máquina pública não deixará de funcionar (custeio, remuneração de servidores, transferências diretas e aposentadorias).

Funciona como uma espécie de "estabilizador automático" da economia, sem que seja necessária quaisquer intervenções das autoridades e assegura um patamar para a demanda agregada.

Estado rico é outra coisa... A nossa maior força é a fraqueza!

Lembrete: é verdade que as "distintas ôtoridades" continuam chafurdando e rebaixando o fundo do poço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário