O carro fumacê não é a forma ideal de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Cientistas observam que o uso de carros fumacê com bastante frequência pode resultar num efeito inverso e, em vez de eliminar o mosquito, pode contribuir para que ele fique resistente à ação do veneno e, com isso, se torne ainda mais difícil o combate aos vetores da doença.
No Brasil, o inseticida utilizado no fumacê é o malathion. Sua fórmula é diferente dos inseticidas encontrados nos supermercados e sua distribuição é feita somente pelo Governo Federal, que compra o produto e distribui para os Estados, que repassa aos municípios.
Por ser um inseticida, o malathion pode causar danos à saúde se a exposição ao produto for longa ou corriqueira. Por isso, quando ele é jogado em residências, os moradores devem deixar o local junto com seus animais de estimação.
"Todos os inseticidas são neurotóxicos, ou seja, atacam o sistema nervoso. O que muda de remédio para veneno é a dose. Neste caso [combate ao Aedes aegypti] ele é jogado em doses capazes de matar o mosquito". "O inseticida serve para bloquear epidemias e não deve nunca ser usado de forma preventiva", afirma a entomologista Denise Valle, da Fiocruz, que estuda as formas de conter a expansão do Aedes aegypti (UOL Notícias).
A população acredita que a passagem do carro "fumacê" é indicativo de que as autoridades estão agindo, mas o fumacê tem ação temporária e pontual, por isso não é considerado o método ideal para acabar com o Aedes aegypti e outros mosquitos que carregam vírus perigosos.
Prevenção
A melhor forma de evitar os mosquitos é acabar com os criadouros, não usando o inseticida.

Não preciso mais me preocupar porque passaram o fumacê em casa?
Não é bem assim. O inseticida dura em torno de meia hora e mata apenas os mosquitos que estiverem voando no local no momento em que o produto estava sendo usado. Isso porque as gotas do veneno são projetadas para grudar na asa do mosquito e envenená-lo. Caso contrário, eles não morrem.
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