quarta-feira, 18 de maio de 2016

"Minha Casa, Minha Vida" no RN: 5 mil ações judiciais

Conseguir a casa própria é um dos principais sonhos de todo brasileiro, mas que em alguns casos vêm a se tornar pesadelo. Muitos clientes acabam recebendo imóveis com falhas estruturais e que podem causar danos graves como interdição e até desabamento.
No Rio Grande do Norte são cerca de 5 mil ações tramitando na Justiça, muitas chegam a durar anos até a indenização dos mutuários. Segundo o advogado, Marcelo Gomes, que defende vários casos dessa natureza, o problema já vem há pelo menos 10 anos.


“São problemas que perduram mesmo com a mudança de Governo, com danos estruturais que podem gerar graves consequências. O s mutuários pagam durante o processo de aquisição da casa, 20% do valor para seguradoras, mas que só tomam providências após decisão judicial, o que pode levar anos de transtorno e riscos aos mutuários”, destacou Marcelo.

A maioria dos imóveis com problemas estruturais fazem parte de programas sociais do Governo Federal, como o Minha Casa, Minha Vida e o Sistema Financeiro da Habitação. “Em Natal, os maiores problemas se concentram na Zona Norte. Os moradores aguardam pela Justiça para que os direitos sejam reconhecidos e as causas ganhas, o que vem acontecendo na maior parte dos casos”, destacou o advogado.

A falta de fiscalização rigorosa nas edificações é uma das causas apontadas para a recorrência de problemas estruturais. O presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Mutuários no RN (Abradem), Roberto Alves, afirma que o problema é recorrente, mesmo com as garantias contratuais que defendem o direito dos consumidores.

“São diversos problemas encontrados desde cupim, infiltração e falhas na estrutura. Muitos mutuários chegam a fazer reparos por conta própria, mas as falhas são na estrutura da construção. A única via que nos resta é a judicial, o que gera desgaste e demora de tempo”, disse Roberto. As obras do Minha Casa, Minha Vida estão sob responsabilidade da Caixa Econômica, que responde aos processos.

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Não sou especialista, mas arrisco dizer que o problema tem apenas uma causa: fiscalização. Não tem cabimento supor que um profissional competente possa incorrer em erros primários de avaliação. 

Então, considero três alternativas, todas elas deploráveis:
1. Incapacidade técnica do fiscal;
2. Negligência e/ou omissão;
3. Corrupção.

A seguir algumas 'pílulas' do que fizeram com o MCMV:

IRREGULARIDADES NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA SERÃO INVESTIGADAS

No RN o MCMV já resultou em 5 mil ações judiciais e um levantamento em tais processos já renderia material substancioso para uma investigação. Acredito que os macrodados já seriam suficientes para a reunião de elementos norteadores para não deixar impune quem, eventualmente, cometeu irregularidades.

Observe: a reportagem apresenta um 'macrodado' importante: "em Natal os problemas se concentram na Zona Norte". Por quê?

Além da segregação socioespacial seria o 'azar'?

Com a palavra a CEF, o CREA, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal...

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