quinta-feira, 21 de julho de 2016

GOVERNO VAI ACABAR COM A SECA?

Não! Nem o secretário estadual afirmou tal despautério.

As obras de infraestrutura hídrica são indispensáveis para aliviarem o sofrimento dos sertanejo, mas não têm como acabar com um fenômeno climático típico da região. 

Ademais, o que temos de concreto sobre as obras em andamento?

1) A Adutora do Alto Oeste, de Wilma para cá, já serviu para inúmeros 'eventos' e reuniões e nada...

2) A Barragem de Oiticica já teve a capacidade encolhida, preço e prazos esticados...

3) A Transposição do São Francisco já foi vítima da sanha dos bandidos de colarinho branco, preço e prazos esticados...

4) Os ramais da Transposição que atenderão o povo potiguar. O ramal Piranhas/Assú chegará a Barragem Armando ribeiro quando a de Oiticica estiver concluída, ou seja coisa para 2018 e olhe lá... O tal ramal do Apodi, totalizando 115,5 quilômetros de extensão, só existe no gogó...

Prestem atenção!

Reportagem publicada pela Tribuna do Norte e que comentei aqui no blog publicou o seguinte:
"A Semarh, porém, sugeriu que o Ministério da Integração Nacional substitua o canal por uma adutora, para diminuir o custo e o tempo da obra, além de proporcionar melhor controle da água que é conduzida, evitando roubos e perdas excessivas com a evaporação. O pleito está sob análise do Ministério." (Leia AQUI)

O mesmo secretário que sugeriu substituir o ramal do Apodi (que nem projeto tem) por uma adutora andou falando de um tal Canal da Integração (ligaria a Barragem Armando Ribeiro a Maxaranguape).

O assunto não fluiu, mas a ideia era essa. Mais uma adutora para o Oeste e um Canal para o litoral. (Leia AQUI)

Mas... Para valer mesmo só trololó!!!

A matéria a seguir trata de algumas obras importantes para o RN. Leia com atenção o detalhamento da obra do ramal do Apodi e confira se não é um bom argumento para se contentar com uma 'adutorazinha'...

Leia matéria do G1-RN:

A transposição das águas do rio São Francisco, a construção da barragem de Oiticica e a inauguração dos dois subsistemas da Adutora Alto Oeste darão fim à seca no Rio Grande do Norte

A opinião é do titular da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Mairton França. Contudo, segundo ele, apenas as adutoras devem começar a operar ainda este ano. 

Enquanto os projetos não são concluídos, o estado segue enfrentando a estiagem mais severa de sua história.

"O sofrimento do homem do campo tem que acabar. Precisa acabar. O governo está ciente do seu papel e está trabalhando para dar fim a este problema, que é secular", afirmou Mairton.
Obras do Rio São Francisco devem ser concluídas no início de 2017, segundo Ministério da Integração (Foto: Divulgação/Ministério da Integração)Obras da transposição do rio São Francisco devem ser concluídas em 2017, segundo o Ministério da Integração (Foto: Ministério da Integração/Divulgação)
Transposição

Em entrevista ao G1, o secretário detalhou quais são e como os projetos devem resolver a escassez de água no sertão potiguar. 

O maior e mais importante deles é o da transposição das águas do rio São Francisco, cujas obras foram iniciadas em 2007, ainda no governo Lula. Em abril, de acordo com dados do governo federal, 86,3% das obras já estavam concluídas.

O plano básico é a construção de dois imensos canais ligando o 'Velho Chico' a bacias hidrográficas menores do Nordeste, bem como aos seus açudes, levando água para 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte – uma população de 12 milhões de nordestinos.
A previsão inicial era de que a obra terminasse em 2014. Mas, após uma série de adiamentos, a estimativa agora é de que o projeto seja concluído somente em 2017. Inicialmente, a transposição havia sido orçada em R$ 4,5 bilhões, mas o custo da obra já alcançou R$ 8,2 bilhões.
Segundo Mairton, as águas do São Francisco chegarão ao RN de duas maneiras. 
Uma delas é com a perenização do rio Piranhas/Açu. 
Significa que as águas do rio, que nasce na Serra do Piancó, na Paraíba, devem ser represadas pela barragem de Oiticica antes que elas desemboquem na barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado.
Em Luís Gomes, cidade potiguar que faz divisa com a paraíba, Ministério da Integração Nacional já demarcou o terreno por onde será construído o Ramal Apodi, que faz parte das obras de transposição do rio São Francisco  (Foto: Anderson Barbosa/G1)Em Luís Gomes, Ministério da Integração Nacional já demarcou o terreno por onde será construído o Ramal Apodi, que faz parte das obras de transposição do rio São Francisco (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A outra forma de a água chegar ao estado será com a construção um sistema denominado Ramal Apodi, uma etapa da obra que faz parte do chamado Eixo Norte da transposição. Por este ramal, as águas deverão correr por canais, túneis, aquedutos e barragens, totalizando 115,5 quilômetros de extensão. 
Para isso, ainda de acordo com o secretário, estima-se que 857 propriedades terão que ser relocadas ou os donos indenizados em treze municípios da Paraíba, Ceará e do próprio Rio Grande do Norte.
Em solo potiguar, as obras da transposição afetarão famílias em Luís GomesMajor Sales e José da Penha, por onde o ramal passará até chegar ao açude público de Pau dos Ferros, de onde as águas partirão até Angicos, já na região Central do estado. Ao final do percurso, 44 municípios devem ser beneficiados.
O Ministério da Integração afirma que todo o Eixo Norte tem investimento orçado em R$ 5,25 bilhões e que já trabalha na elaboração do edital de licitação para que os serviços no Rio Grande do Norte tenham início. Só não disse quando.
Obras da barragem de Oiticica, no município de Jucurutu, seguem atrasadas. Considerado solução para a seca na região Seridó potiguar, reservatório será o terceiro do estado em capacidade de armazenamento d’água (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)Obras de Oiticica foram 40% concluídas, segundo a Semarh (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)
Oiticica

A barragem de Oiticica fica no município de Jucurutu, a pouco mais de 260 quilômetros de Natal. Quando pronta, beneficiará direta e indiretamente cerca de 500 mil pessoas em 17 cidades da região Seridó potiguar. Com capacidade para mais de meio milhão de metros cúbicos de água, será o terceiro maior reservatório do estado.

A construção, que faz parte do PAC – o Programa de Aceleração do Crescimento elaborado pelo governo federal – é outra que se arrasta há anos. A licitação do projeto, só para se ter uma ideia, foi feita em 2007, mas o canteiro de obras só ganhou velocidade a partir de 2013.
Mesmo assim, de lá para cá os serviços foram interrompidos várias vezes por causa de problemas que envolvem a desapropriação de terras e o pagamento de indenizações a agricultores que possuem moradias nas áreas que serão inundadas quando as águas do rio Piranhas/Açu foram represadas.
“Esse é um problema que estamos resolvendo. Mais de 90% das propriedades rurais já foram negociadas e pagas”, afirmou Mairton. Quanto às obras, o secretário disse que 40% delas já foram concluídas. “Estamos trabalhando com a expectativa de que tudo fique pronto e a barragem seja inaugurada em dezembro de 2017”, acrescentou.
O valor total da construção, que no ano passado já havia sido reajustado de R$ 292 milhões para R$ 311 milhões, foi novamente revisto e agora passou para R$ 415 milhões.
Subsistema da Adutora Alto Oeste que capta água em Pau dos Ferros está pronto, mas não começou a operar porque o reservatório está seco (Foto: Anderson Barbosa/G1 e Governo do Estado/Divulgação)Subsistema da Adutora Alto Oeste que capta água em Pau dos Ferros está pronto, mas não começou a operar porque o reservatório está seco (Foto: Anderson Barbosa/G1 e Governo do Estado/Divulgação)
Adutora Alto Oeste

Dos projetos apontados pelo secretário como soluções para a seca no estado, a Adutora do Alto Oeste é o mais avançado. “Na verdade, está praticamente pronta. Falta finalizarmos alguns testes para podermos inaugurar a adutora, que é dividida em dois subsistemas”, ressaltou Mairton.

O primeiro subsistema capta água no Açude de Pau dos Ferros. Além de atender ao próprio município, beneficiará mais 12 cidades, terminando em Alexandria. “Só não começou a operar ainda porque o açude de Pau dos Ferros encontra-se totalmente seco. E este é um problema que poderíamos ter resolvido com a construção de uma adutora expressa ligando Pau dos Ferros à barragem de Santa Cruz, em Apodi. Isso garantiria o funcionamento regular do subsistema. Mas, essa adutora expressa foi retirada do projeto original em virtude do Ramal do Apodi, que faz parte da transposição do São Francisco, e que hoje sequer tem um projeto concluído”, explicou.
Barragem de Santa Cruz, em Apodi  (Foto: Anderson Barbosa/G1)Barragem de Santa Cruz, em Apodi (Foto: Anderson Barbosa/G1)
O segundo subsistema, ainda de acordo com Mairton, sai da barragem de Santa Cruz e vai até João Dias levando água para 10 municípios da região. “Esse benefício é direto. Indiretamente, a adutora também beneficiará Portalegre e Martins. E ainda temos um projeto de também atendermos a população de Serrinha dos Pintos, totalizando 13 municípios abastecidos pelo subsistema”, revelou o titular da Semarh.
Do início de 2015 até meados de 2016, governo do RN já perfurou 715 poços no interior do estado (Foto: Semarh/Divulgação)Do início de 2015 até meados de 2016, governo do
RN já perfurou 715 poços no interior do estado
Foto: Semarh/Divulgação)
Poços

Além dos projetos, Mairton França ainda elencou alguns programas que a Semarh vem desenvolvendo para minimizar os efeitos da seca. Perfuração, recuperação e ativação de poços são alguns. "Desde o início da atual gestão, o governo já perfurou 715 poços no interior do estado. Dependendo do tipo de solo, os custos variam de R$ 5 mil a R$ 30 mil para cada poço escavado", frisou. "Somente para a recuperação, foram investidos mais de R$ 580 mil", acrescentou.

Ainda segundo o secretário, outros investimentos foram feitos para a aquisição de bombas e cataventos, ao custo de pouco mais de R$ 880 mil. "Para a recuperação e manutenção de dessalinizadores, foram gastos mais R$ 300 mil", reforçou.
Água Doce e Água Para Todos

Mairton também ressaltou dois programas que vêm ajudando o sertanejo a conviver com a seca. Um deles é o 'Água Doce'. O convênio, firmado entre a Semarh e o Ministério do Meio Ambiente no valor de R$ 19,9 milhões, tem como meta a implantação, recuperação e gestão de 120 sistemas de dessalinização. Das 68 comunidades que estão sendo beneficiadas na primeira etapa do convênio, 34 já receberam a tecnologia e mais 14 obras estão em andamento. A contrapartida do Estadual é de 10% do valor (R$ 1,9 milhão).

Já o programa 'Água Para Todos', cujo objetivo é beneficiar aproximadamente 17 mil pessoas em 49 municípios do estado, prevê a perfuração de poços, construção de chafarizes e implantação de pequenas redes de distribuição de água, além de barreiros para o fornecimento de água para o rebanho dos agricultores.
"Com o convênio, firmado entre o governo estadual e o Ministério da Integração, serão destinados R$ 23 milhões para a implantação de 145 sistemas simplificados de abastecimentos em comunidades e aglomerados rurais e mais R$ 3,8 milhões para a construção de 57 barreiros. Dos R$ 26,8 milhões que serão investidos, a contrapartida do Estado é de R$ 1,3 milhão. O programa foi iniciado e já estamos perfurando poços em 8 municípios", concluiu o secretário.
Na região Oeste potiguar, a ‘seca verde’ apresenta contrastes. De um lado, a robusta e exuberante vegetação da caatinga; do outro, a terra árida e cinzenta em meio ao leito seco dos rios  (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)Na região Oeste potiguar, a ‘seca verde’ apresenta contrastes. De um lado, a robusta e exuberante vegetação da caatinga; do outro, a terra árida e cinzenta em meio ao leito seco dos rios (Foto: Anderson Barbosa e Fred Carvalho/G1)

G1-RN

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