quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

OPERAÇÃO CANDEEIRO: Rita está 'preocupada' com delação por conta das "doenças psicológicas que o filho tem"

O enredo que vai se desenhando em relação a 'delação premiada' de 'baby Reinaldo' é cada vez mais evidente.

A mãe de Gutson foi bem explícita na declaração abaixo e demonstra todo o zelo de mãe, pois teme que o filho ("com doenças psicológicas") possa até incriminar inocentes.

A Lei de Delações informa que para uma delação ser eficaz (e isso é óbvio) o delator tem que falar a VERDADE e apresentar provas.

A mãe do rapaz e uma médica psiquiatra (provavelmente esposa do advogado de defesa de Gutson) já adiantaram que o 'baby Reinaldo' tá mais para lá do que para cá...

Logo...

O enredo é simples: o que o 'baby' disser é por causa das 'doenças psicológicas' e o caminho é a anulação de tudo para que NINGUÉM seja realmente punido.

De outro lado, por está dodói, o 'baby Reinaldo' pode ficar perto da mamãe para ser cuidado...

Então tá bom!

Leia:

O advogado e ex-diretor administrativo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) Gutson Reinaldo já usa tornozeleira eletrônica para monitoramento durante a prisão domiciliar. Ele foi liberado após assinar termo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal e com o Ministério Público Estadual se comprometendo a delatar outras pessoas envolvidas em fraudes ocorridas no próprio Idema e na Assembleia Legislativa, inclusive "políticos que tenham praticado ilícitos".

Flaviano Gama, advogado de Rita das Mercês, que é mãe de Gutson e ex-procuradora da Assembleia Legislativa potiguar, contou como ela recebeu a notícia da delação premiada do filho. “Preocupada, em razão de saber das doenças psicológicas que o filho tem e implicações que ele pode trazer pessoas até inocentes para um processo desse tipo” afirmou. Rita também foi presa em agosto de 2015, suspeita de envolvimento no esquema de desvio de dinheiro do legislativo.
No acordo, Gutson se compromete a delatar outros envolvidos nos esquemas de corrupção das operações Candeeiro e Dama de Espadas, que envolve servidores e ex-funcionários da Assembleia Legislativa, do Idema e políticos. Juntos, os dois esquemas teriam desviados mais de R$ 40 milhões dos cofres públicos. Em troca da delação, o ex-diretor do Idema deve ter a pena dele reduzida pela metade, além de passar a cumprir prisão domiciliar, o que já está sendo feito.
Gutson recebeu o direito da prisão domiciliar a partir de uma decisão da justiça, que levou em conta parecer do Ministério Público depois que a defesa do réu alegou que ele tem problemas psicológicos.
Comento: fico comovido como é reiterado a cada parágrafo a situação 'psicológica' do delator...
Em 25 de abril deste ano, Gutson, que era apontado como o cabeça do esquema de desvios no Idema, foi condenado a 17 anos e um mês de reclusão em regime fechado pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de ter que restituir R$ 13.790.100,60 aos cofres públicos. Ele foi condenado ainda a perda de 17 bens que inclui uma casa na praia de Cotovelo, apartamentos em prédios no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal, e uma casa no condomínio Bosque das Palmeiras, em Parnamirim. Outras dez pessoas também foram condenadas nesse processo, que já tem uma deleção premiada homologada: a de Clebson José Bezerril, ex-diretor financeiro do Idema.
Comento: o 'enredo' é que o 'cabeça' despirocou em pouco tempo de cadeia e olha que nem foi para Alcaçuz. Entendo!
O caso corre em segredo de justiça e o MP não pode se pronunciar sobre o assunto. A colaboração premiada ainda precisa ser homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Candeeiro
Cinco pessoas foram presas na operação Candeeiro, deflagrada pelo Ministério Público Estadual em 2 de setembro de 2015. Um deles foi Gutson Reinaldo, filho da ex-procuradora-geral da Assembleia Legislativa do RN, Rita das Mercês. Segundo o MP, Gutson era o principal responsável pelo esquema. Já houve condenações em primeira instância sobre esse caso.

Os demais presos da operação Candeeiro foram Clebson Bezerril, João Eduardo de Oliveira Soares, Renato Bezerra de Medeiros e Antônio Tavares Neto.
O ex-diretor financeiro do Idema Clebson José Bezerril - que firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual - foi condenado por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa e terá que restituir R$ 4.510.136,63 aos cofres públicos. A pena dele seria de 15 anos e 9 meses de reclusão, mas, por causa da delação, a pena foi reduzida para 9 anos e 5 meses de reclusão em regime fechado.
De acordo com o Ministério Público, o dinheiro desviado do Idema foi usado para comprar apartamentos de luxo, construir uma academia de alto padrão e reformar a loja de uma equipadora de veículos, entre outras coisas.
Dama de Espadas
A operação Dama de Espadas foi deflagrada em 20 de agosto de 2015. De acordo com o MP, os desvios dos cofres da AL podem passar de R$ 5,5 milhões. Ainda segundo informações do Ministério Público, a associação criminosa era composta por servidores públicos do órgão com o auxílio de um gerente do banco Santander. Eles utilizavam "cheques salários" como forma de desviar recursos em benefício próprio ou de terceiros. Os cheques eram sacados, em sua maioria, pelos investigados ou por terceiros não beneficiários, com irregularidade na cadeia de endossos ou com referência a procurações, muitas vezes inexistentes.

A então procuradora-geral da Assembleia Legislativa, Rita das Mercês, e a assessora direta dela, Ana Paula Macedo Moura, foram presas durante a operação, mas foram libertadas por força de um habeas corpus três dias depois. Atualmente, ambas estão soltas.
No início de novembro, o G1 noticiou que o Tribunal de Justiça do RN terá que decidir se as investigações contra deputados estaduais potiguares com "fortes indícios de envolvimento delitivo" irão transcorrer em 1ª ou em 2ª instância. A determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. Os nomes dos deputados Ricardo Motta, Álvaro Dias e Getúlio Rego constam no despacho de Fachin, que foi assinado em 22 de setembro passado. Os deputados negam envolvimento com fraudes.
G1-RN

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