O Ministério Público Estadual entrou com ação contra o
governador Robinson Faria pelo crime de improbidade administrativa. A ação foi
protocolada pelo Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis, nesta quarta-feira
(7). Além do governador do RN, a ação também é contra o secretário estadual do
Planejamento e das Finanças, Gustavo Nogueira.
O
MPRN informou que a ação foi motivada por ofensa à Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), em virtude do descumprimento dos limites de gastos com pessoal do
Poder Executivo e do dever legal de agir para reduzir essa despesa. Ao
contrário disso, ainda segundo o Ministério Público, o Governo teria aumentado
as despesas mediante a edição de atos administrativos e iniciativa de leis que,
ao final, conduziram o Estado ao patamar de comprometimento de 56,87% da
despesa de pessoal em face da Receita Corrente Líquida do Estado, acima do
limite máximo de 49%.
Na
mencionada ação de improbidade, é destacada a manobra fiscal empreendida pelo
governador Robinson Faria e o secretário Gustavo Nogueira, na elaboração do
relatório de gestão fiscal do 2º quadrimestre de 2016, quando excluíram
deliberadamente despesas realizadas e não computadas para fins de aferição dos
limites da despesa com pessoal.
“Nesse
particular, o Estado do Rio Grande do Norte, por essas autoridades demandadas,
computaram as ditas despesas pelo chamado ‘regime de caixa’, descurando-se do
‘regime legal de competência’, conforme orientam o Tribunal de Contas, a
Secretaria do Tesouro Nacional e as leis de regência da matéria”, informa o
Ministério Público.
Além
disso, ficou constatado no Inquérito Civil nº 01/2015 – PGJ, que instrui a ação
de improbidade, que o secretário Gustavo Nogueira realizou diversos pagamentos
de despesa de pessoal mediante a expedição de simples ofícios ao Banco do
Brasil, sem previsão orçamentária, sem empenho e sem registro no Sistema
Integrado de Administração Financeira - SIAFI, burlando, a um só tempo, as leis
financeiras, o orçamento aprovado pela Assembleia Legislativa, os órgãos
fiscalizatórios e a transparência nos gastos públicos.
“O
Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Norte completa 28 meses acima do
limite legal da LRF, somente neste mandato, sem que o governador do Estado
tenha adotado as providências expressamente determinadas pela Constituição para
reduzi-las”, finaliza a nota divulgada pelo MPRN.
G1-RN
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O resultado concreto disso? Apenas para os servidores quando pleitearem a reposição de perdas salariais.
Os 'intocáveis' não terão maiores problemas com o andamento da ação...
Nos últimos anos não ocorreu nada mais ABSURDO do que o uso dos recursos da previdência estadual. Feriu de morte a legislação fiscal e ficou por isso mesmo...
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