Resumo
O período histórico vigente desde meados do século XX é marcado por um processo acelerado de globalização da produção e do consumo. Organiza-se um novo sistema econômico, que tem reestruturado a produção
e o território de todos os países, promovendo uma ordem econômica caracterizada pela comunhão global
entre os lugares. Nesta, o Estado do Ceará, no Nordeste do Brasil, assume um novo papel na divisão social
e territorial do trabalho e deve ser considerado como uma fração do espaço total do planeta, cada vez mais
aberto às influências exógenas e aos novos signos do presente. Nos últimos trinta anos, frente às exigências
da produção flexível, é visível sua reestruturação econômica e territorial, com objetivos claros de inserir-se
na lógica da produção e do consumo globalizados. O dinamismo econômico e da construção do território
cearense se manifesta pela difusão do agronegócio, principalmente de frutas tropicais; pela implantação de
indústrias, fruto da guerra fiscal; pela construção de infraestruturas associadas aos transportes, às comunicações, ao saneamento básico, aos recursos hídricos; pela expansão de comércios e serviços especializados,
incluindo das atividades turísticas ligadas ao litoral etc. Buscamos discernir sobre a nova economia política
da urbanização cearense numa tentativa de interpretação de sua reestruturação territorial.
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