Resumo
A estrada de ferro de Mossoró só foi construída nas primeiras décadas do século XX, pautando
sua justificativa e discursos, no combate aos efeitos da seca no estado do Rio Grande do Norte. Porém,
esse componente caótico (seca), nem sempre foi a “pedra angular” do discurso dessa ferrovia, que outrora,
abarcaram outras “peculiaridades” em seu teor. Assim esse trabalho procura analisar as singularidades em
volta do prospecto da estrada de ferro do concessionário João Ulrich Graf na cidade de Mossoró em
1875/76. Nesse documento encontramos elementos importantes acerca da interface entre território,
natureza e progresso. Nosso argumento central será de que a natureza (clima e solo), ao lado dos recursos
encontrados no território, serão peças-chave para construção dessa obra, paralelamente ao crescimento da
recente cidade mossoroense e zona oeste da província do RN. Destarte, a representação da natureza no
prospecto emerge como característica ordenadora e estabilizadora, tanto do desenvolvimento (ou
progresso) econômico como sociocultural de toda área que a estrada cortaria. Alguns autores utilizados
são: Jacques Ravel, Rogério Haesbaert, Claude Raffestin, Henri Lefebvre, Francisco Foot Hardman, entre
outros.
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