sexta-feira, 2 de março de 2018

O “novo” rural do Rio Grande do Norte revisitado

Joacir Rufino de Aquino
Carlos Alves do Nascimento

Resumo: 

O objetivo deste artigo é analisar as características e a evolução dos tipos de ocupação e renda da população e famílias residentes no meio rural do estado do Rio Grande do Norte (RN), entre 2002 e 2009. Para tanto, utiliza informações empíricas derivadas do processamento dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE). Corroborando os resultados de estudos realizados nos anos 1990, o trabalho demonstra que no limiar do século XXI a dinâmica demográfica do rural potiguar não está mais estritamente vinculada às atividades agropecuárias. Isso porque, ao invés do lugar exclusivo de trabalho e moradia de agricultores e pecuaristas, o campo potiguar está cada vez mais povoado por habitantes ocupados em atividades não agrícolas ou por pessoas que simplesmente escolheram este espaço como local de residência. Longe de se resumir apenas a um fenômeno passageiro, as evidências apresentadas sinalizam a configuração de uma mudança estrutural na pirâmide ocupacional do rural norte-rio-grandense, ensejando a necessidade de novas perspectivas analíticas e de políticas públicas integradas que extrapolem as visões setoriais dos problemas agrários.

Palavras-chaves: Atividades não agrícolas. Nordeste. Novo rural. Pluriatividade. Semiárido.

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