terça-feira, 13 de novembro de 2018

A crise econômica não acabará para os mais pobres

O Brasil voltou a praticar uma política econômica que baseia o crescimento econômico na diminuição de custos através da redução dos gastos das empresas com os trabalhadores

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Seja na sala de aula, seja na mesa de bar ou no ônibus a caminho do trabalho todos querem a resposta para a seguinte pergunta: Quando acabará essa crise econômica do Brasil?
Baseados nas políticas econômicas do governo brasileiro podemos concluir que a resposta será extremamente positiva para alguns e muito ruim para outros.
O Brasil voltou a praticar uma política econômica que baseia o crescimento econômico na diminuição de custos através da redução dos gastos das empresas com os trabalhadores. Em outras palavras com a terceirização e a reforma trabalhista o trabalhador ganhará menos e isso resultará em redução dos custos das empresas.
Alguém atento a cenários econômicos poderia pensar: Mas isso não afeta o mercado interno? A resposta é sim. De fato esses mesmos trabalhadores que recebem menos são os consumidores que por esse mesmo motivo compram menos. Todavia devemos lembrar que esse modelo que está sendo implantado no Brasil é um modelo de crescimento exógeno e por isso não existe essa preocupação com o mercado interno.
As empresas terão custos reduzidos e suas vendas internas reduzidas, porém poderão vender seus produtos no mercado internacional a um preço menor. Essa estratégia é usada atualmente na China e em muitos países da América Latina, Ásia e África.
Um país que queira crescer com base no mercado interno deve preocupar-se em desconcentrar renda e aumentar a disponibilidade de crédito, mas se a escolha for pelo mercado externo, basta reduzir os custos das empresas e nesse caso o trabalhador será o que pagará o pato.
Some a isso as reduções nos gastos com políticas sociais, a reforma da previdência, o congelamento dos gastos com saúde e educação e a reforma do ensino médio que ficará fácil perceber que o Brasil voltou a crescer para os ricos a base do suor dos mais pobres.
POR Wallison Ulisses Silva dos Santos

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