PUBLICADO EM 14-03-2019
O livro promove uma atualização do debate brasileiro sobre o desenvolvimento
capitalista tardio, periférico e dependente, bem como sobre o fenômeno do
“desenvolvimentismo”.
Nesses termos, retoma a tradição crítica e reformista
brasileira da “construção nacional interrompida” do Mestre Celso Furtado.
A partir deste prisma teórico, propõe uma reflexão sobre as transformações do
presente: o crescimento com distribuição de renda e “desindustrialização”, no
momento em que ocorre um brutal acirramento da concorrência intercapitalista
e interestatal no enfrentamento da crise financeira e econômica global.
A intensidade das mudanças socioeconômicas ocorridas no Brasil e no
mundo exige um esforço coletivo de reflexão. Exige também a revitalização do
debate – de múltiplas questões e de diversos pontos de vista –, a fim de auxiliar
no alargamento dos horizontes dos líderes sindicais, do pequeno, do médio e
do grande capital, das elites políticas, das classes subalternas e dos formadores
da opinião pública, e fazer avançar o processo de desenvolvimento democrático
e inclusivo da população brasileira.
Da mesma forma, deve-se ampliar a discussão em torno do papel do
país na região e da região no país. A reorganização da economia industrial
capitalista poderia se dar mediante o aprofundamento da integração entre os
países da América do Sul, possibilitando a articulação de cadeias produtivas
regionais – “importar para exportar” –, em particular nos novos setores que
surgiram em âmbito mundial.
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