Marx[1] explica a tendência no III
tomo de O Capital através do seguinte exemplo:
“Com salários e jornada de
trabalho dados, um capital variável, por exemplo, de 100, representa
determinado número de trabalhadores postos em movimento; é o índice desse
número.
Por exemplo, sejam 100
libras esterlinas o salário para 100 trabalhadores, digamos por uma semana.
Se esses 100 trabalhadores
executam a mesma quantidade tanto de trabalho necessário quanto de trabalho
excedente, se, por conseguinte, eles trabalham diariamente tanto tempo para si
próprios, isto é, para a reprodução de seu salário, quanto para o capitalista,
isto é, para a produção de mais-valia, então seu produto global seria = 200
libras esterlinas e a mais-valia gerada por eles montaria a 100 libras
esterlinas.
A taxa de mais-valia m/v
seria = 100%. Essa taxa de mais-valia se expressaria, contudo, como vimos, em
taxas de lucro muito diferentes, de acordo com o diferente volume do capital
constante c e, com isso, do capital global C, já que a taxa de lucro é = m/C.
Sendo a taxa de mais-valia de 100%, temos:
Se c = 50, v = 100, então a taxa de lucro é = 100/150 = 66 2/3 %;
Se c = 100, v = 100, então a taxa de lucro é = 100/200 = 50%;
Se c = 200, v = 100, então a taxa de lucro é = 33 1/3%;
Se c = 300, v = 100, então a taxa de lucro é = 25%;
Se c = 400, v = 100, então a taxa de lucro é = 20%.
[1]
A crise capitalista e a queda
tendencial da taxa de lucro - Primeira parte por Rob
Sewell.
(http://www.marxist.com/a-crise-capitalista-e-a-queda-tendencial-da-taxa-lucro-primera-parte.htm)
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