quinta-feira, 22 de agosto de 2019

LIVRO: Alternativas para o desenvolvimento brasileiro

PUBLICADO EM: 22/08/2019

Alternativas para o desenvolvimento brasileiro 
Novos horizontes para a mudança estrutural com igualdade 
Marcos Vinicius Chiliatto Leite 
Organizador

Prefácio 
Alternativas para o desenvolvimento brasileiro 
Maria da Conceição Tavares

O desenvolvimento brasileiro sempre foi um processo notoriamente desigual, tanto em termos regionais quanto sociais, contrariando as propostas da CEPAL ao longo de sete décadas. 

Assim ocorreu com o processo de industrialização, que se manteve brutalmente restringido, bem como as reformas sociais, que nunca avançaram o suficiente para diminuir a heterogeneidade estrutural. 

A coexistência de setores modernos com tecnologias de alta produtividade e de setores atrasados torna o subdesenvolvimento brasileiro uma formação histórica específica, articulando a nossa situação periférica com o desenvolvimento dos países centrais. 

As mudanças estruturais requeridas por um processo de desenvolvimento mais homogêneo não podem ser produzidas pela “livre” atuação dos mercados e requerem uma presença permanente e central do Estado. Esta é indispensável para superar a condição periférica do nosso subdesenvolvimento. 

Sair da condição periférica e consolidar o nosso desenvolvimento significa uma mudança estrutural no sentido de construir ações políticas que tornem o tecido produtivo mais diversificado, mais complexo e com mais atividades intensivas em conhecimento

Ainda que cada país deva “inventar” o seu próprio caminho para superar o subdesenvolvimento, a experiência histórica mostra que foi por meio da ação do Estado que as economias, hoje consideradas desenvolvidas, lograram um processo de crescimento nos últimos 150 anos

Entre a década de 1980 e o início do século XXI, em um mundo em contínua liberalização, o crescimento do poder das finanças internacionais atinge fortemente a América Latina, dado o elevado endividamento externo ocorrido na década de 1970. A crise da dívida externa de 1981 atingiu fortemente os países da região expondo a sua condição vulnerável à financeirização que reflete o poder crescente das finanças internacionais, tanto nos países centrais quanto na periferia.

No capitalismo de fins do século XX consolidou-se a financeirização como dominante do processo de acumulação de capital. Os diferentes capítulos que compõe este estudo partem destas principais contribuições do pensamento cepalino, construído nesses setenta anos desde sua criação e oferecem uma visão integrada do desenvolvimento nas suas diversas articulações políticas: macroeconômicas, industrial, social e ambiental e discutem este novo marco conceitual sobre o tema “desenvolvimento” com igualdade.

LIVRO AQUI


Nenhum comentário:

Postar um comentário