segunda-feira, 14 de junho de 2021

DESIGUALDADE DE RENDA: Estrutura produtiva ou escolaridade?

Estrutura produtiva ou escolaridade? Uma análise dos fatores explicativos da desigualdade de renda entre as regiões Sudeste e Nordeste por quantil para o período entre os anos de 1970 e 2010

Rodrigo Oliveira, Raul da Mota Silveira Neto

Resumo


Desde a primeira década do século XX as desigualdades regionais brasileiras foram reocupação das autoridades e dos estudiosos. Porém, ainda não foi possível identificar com precisão as causas explicativas destas disparidades. 
Ao longo das décadas de 1960 e 1980 o argumento desenvolvimentista de estímulo a industrialização e melhoria da estrutura produtiva no Nordeste predominou sobre a formulação de políticas públicas regionais, porém, os críticos deste sistema argumentam que deveria ter sido dada maior ênfase às políticas de valorização do capital humano individual, sobretudo da educação. 
Neste sentido, o presente artigo propõe-se a analisar, ao longo do tempo, quais são os fatores predominantes para a explicação da desigualdade regional no Brasil: Capital Humano ou Estrutura Produtiva? 
Utilizou-se como estratégia metodológica a decomposição utilizando Recentered Influence Fuctions (RIF), proposta por Firpo, Fortin e Lemieux (2007, 2009). 
Os principais resultados indicam que, tanto as características produtivas, quanto os retornos a estas características são fundamentais para compreender a evolução da desigualdade regional no Brasil. 
Ademais, a estrutura produtiva desempenha papel mais importante até a década de 1991 e para os quantis inferiores, enquanto o capital humano desempenha papel mais importante a partir da década de 2000 e para os quantis superiores.

Palavras-chave:


Desigualdade Regional; Educação; Decomposição.

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