O abandono secular do Rio Grande do Norte, em geral, e desta região, em particular, por parte do governo federal não poderia produzir outro resultado senão o que temos.
A principal atividade econômica de nossa região foi o cultivo de algodão que, devastada pelo bicudo, não mereceu nenhum tipo de ação governamental.
Restou-nos a agricultura de subsistência e um grande vazio produtivo.
Não existem indústrias e a hipertrofia do setor de serviços reflete apenas a dependência do setor público. São as transferências constitucionais e voluntárias para as prefeituras e as transferências diretas ao cidadão que ainda movimentam a frágil economia local.
É verdade que alguns municípios como Pau dos Ferros e São Miguel apresentam um maior dinamismo econômico, mas tão somente, quando comparados ao entorno.
A economia regional não consegue produzir nem alimentos suficientes para suprir a demanda local. Viramos ‘importadores’ de feijão, milho, arroz, carnes, frutas, verduras, etc.
Para se convencer da gravidade da situação basta considerar que o PRONAF, que apresenta resultados satisfatórios para o Sul e o Sudeste, não conseguiu até o momento, modificar o quadro da agricultura familiar regional.
Como demonstrou o professor Joacir Rufino (UERN - Assú) em suas pesquisas, o PRONAF tem servido para reproduzir o modelo de produção vigente (milho-feijão-gado), mas com resultados econômicos cada vez menos expressivos.
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