Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em 0,5 ponto percentual e chegue a 11% ao ano, esta semana.
Essa expectativa é mantida há 11 semanas, segundo o boletim Focus, publicação feita pelo BC com base em projeções dos analistas para os principais indicadores financeiros.
Para o final de 2012, a expectativa para a taxa básica segue em 10% ao ano, há duas semanas.
A última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define a Selic, está marcada para terça (29) e quarta-feira (30). O comitê eleva a Selic quando considera que a economia está muito aquecida, com trajetória de inflação em alta. Por outro lado, a taxa básica é reduzida quando o objetivo é estimular a atividade econômica.
Neste ano, depois de subir 1,75 ponto percentual na taxa até julho, o BC mudou a estratégia em agosto, quando começou a reduzir a taxa, devido aos desdobramentos da crise da dívida na Europa e às dificuldades de recuperação dos Estados Unidos.
Assim, apesar da inflação ainda em alta, o Copom acredita que o desaquecimento da economia global gera efeitos no Brasil, como a redução das pressões inflacionárias. Em agosto e em outubro, as reduções na taxa Selic foram de 0,5 ponto percentual em cada reunião.
A meta de inflação para 2011 e para o próximo ano é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 6,5%. Diferentemente das estimativas de setembro, por exemplo, os analistas não esperam mais que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapasse o teto da meta este ano.
Mas a expectativa é que o IPCA encerre 2011 próximo do limite superior, em 6,49%, ante 6,48% previstos no boletim Focus da semana passada. Para 2012, a expectativa é que a inflação caia para 5,56%, ante 5,55% previstos anteriormente.
A estimativa para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto - PIB) este ano caiu de 3,16% para 3,1%.
Para 2012, a projeção passou de 3,5% para 3,46%.
Fonte: Agência Brasil
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