Os investimentos para a construção ou reforma de estádios e infraestrutura urbana previstos para a Copa de 2014, no Brasil, envolvem recursos da ordem de R$ 15,4 bilhões, montante não muito distantes do PIB do Piauí de 2008 (R$ 16,7 bilhões). Como a tabela abaixo indica, caberá ao Nordeste mais de ¼ (26,14%) do total a ser investido, o que representa mais de R$ 4 bilhões.
Trata-se, portanto, de uma cifra considerável, considerando que será alocada em apenas quatro Cidades-Sede. Mantida a tradição, esses valores, em breve serão revistos para cima.
A explicação, também será a mesma: o detalhamento do projeto executivo indicou que a obra apresenta complexidades não antecipadas, que justificam plenamente o aumento do orçamento.
Por outro lado, atrasos na execução das obras poderão servir de pretexto para a contratação de serviços sem licitação, como nos Jogos Pan-Americanos, realizados no Rio, cujos gastos passam por escrutínio do TCU.
Seria bom que o passado não se repetisse, como de praxe, no Brasil. Dessa forma, os gestores públicos com participação direta nas obras da Copa, nas Cidades-Sede, poderiam disputar entre si o troféu “Gestor da Copa”, entregando nos limites do orçamento e no prazo previsto todos os projetos sob sua responsabilidade.
Como 2014 é ano eleitoral, quem sabe o capital político obtido através da gestão eficiente não poderia se converter em caudalosos votos? Fica dada a sugestão, sem custos adicionais para os cofres públicos.
Por Carlos Magno Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário